Crítica | 'A Missão de Sandy Bochechas' é a prima fraca, mas interessante, de Bob Esponja - Engenharia do Cinema
Em meados de 2020, “Bob Esponja: O Incrível Resgate” foi um dos primeiros títulos a serem vendidos para ser lançados diretamente em plataformas de streaming, ao invés de ter sua janela prioritária nos cinemas (que estavam fechados por causa da pandemia).
Causando um tremendo sucesso na Netflix, eles perceberam uma oportunidade de ouro para realizar outras produções da franquia para o seu catálogo. O primeiro deles é este, “A Missão de Sandy Bochechas”, que não é centrado no icônico personagem dublado por Wendel Bezerra, mas sim na esquilo Sandy, uma de suas melhores amigas.
Após a Fenda do Biquini ser misteriosamente levada para a superfície, Sandy e Bob Esponja se vêem obrigados a ir até lá para resgatar seus amigos e o município.
Imagem: Netflix (Divulgação)
O roteiro escrito por Kaz e Tom Stern, opta pelo caminho fácil para conseguir entreter as crianças e os adultos que querem apenas algo breve para passar o tempo, sem exigir demais de suas mentes ou preocupação se existe alguma piada subliminar ofensiva ou ideológica.É isso mesmo que você leu, estamos falando de uma produção infantil e apenas com este intuito.
Pela primeira vez conhecemos a família de Sandy mais detalhadamente, pois nas outras produções havia apenas citações de como ela se tornou uma esquilo a viver no fundo do mar como uma astronauta. Mesmo com as personalidades sendo totalmente genéricas, o grande problema desta produção está no arco da vilã Sue Nahmee, vivida por Wanda Sykes.
Com uma motivação aleatória e sua atuação canastrona e cansativa, parece que ela estava ali apenas por contrato ou cachê. Não há nenhuma ameaça em sua presença, tanto que os efeitos visuais e a mescla com animação em computação gráfica ficaram estranhos demais por conta da qualidade pífia de ambas e só piora essa situação.
“A Missão de Sandy Bochechas” entretém, mas em quesito comparativo mostra que a franquia está começando a perder o gás conforme avança.