Crítica | Em 'A Liga', Mark Walhberg e Halle Berry batem o cartão na Netflix - Engenharia do Cinema

publicado em:19/08/24 12:11 AM por: Gabriel Fernandes CríticasFilmesNetflixTexto

Após o sucesso das produções “Troco em Dobro” e “De Férias da Família”, era óbvio que a Netflix ainda iria aproveitar o astro Mark Walhberg em outros filmes do seu catálogo. Conhecido por ter uma veia para a comédia e ação, ter escalado justamente ele para estrelar este “A Liga”, foi uma decisão certa da plataforma. 

Na trama, o construtor Mike McKenna (Walhberg) vive uma vida pacata e ao reencontrar sua ex-namorada do colégio, Roxanne Hall (Halle Berry), é colocado por ela em seu grupo de agentes secretos, conhecido apenas como “A Liga”. Com pouco tempo, ele começa um treinamento pesado para enfrentar uma missão perigosa.

Imagem: Netflix (Divulgação)

O roteiro de Joe Barton e David Guggenheim (“Protegendo o Inimigo”) sabe que se trata de uma produção pipoca e não insere muita complexidade na narrativa. Por isso, pode esperar piadinhas o jeito durona de Roxanne, a molecagem de Mike e coadjuvantes que vão roubar a cena, como a mãe deste (Lorraine Bracco). Pode funcionar se você comprar a premissa despretensiosa, caso contrário será mais torturante que ver seu time de futebol perder de 7 a 1.

Nitidamente existem algumas facilitações narrativas, como é o caso de em um determinado ponto que o personagem de Jackie Earle Haley (Foreman) menciona haver um “infiltrado” na equipe. Isso foi colocado de uma forma tão porca, que já sabíamos desde o começo quem é o dito cujo, e o próprio diretor Julian Farino sequer pensou em criar um suspense em torno dessa situação

Como se trata de um filme de ação, parece que  Farino também não entrou em um bom senso com os roteiristas, pois este quesito se resume apenas em perseguições de carros e coreografias ensaiadas para as cenas de luta. Parecia que ele já sabia que seu pão iria vender, independente da qualidade.

Isso porque não entrei na vertente que Walhberg e Berry sabiam que o material em mãos era ridículo, e que deveriam cumprir a agenda de produção para conseguir lançar ele o mais rápido o possível pela plataforma de streaming. Por tanto, é perceptível que eles estavam desinteressados até certo ponto. 

“A Liga” termina como mais uma produção genérica da Netflix, que daqui alguns dias sumirá no vasto catálogo do serviço.



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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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