Crítica | 'Harold e o Lápis Mágico' é um Saldanha no modo simpático - Engenharia do Cinema
O cineasta brasileiro Carlos Saldanha é um dos mais respeitados nomes na área de animação em Hollywood, pois foi responsável de ter criado o personagem Scrat de “A Era do Gelo” e dirigido as duas produções de “Rio” e “O Touro Ferdinando”. Começando a explorar novos horizontes, mas sem perder sua veia de cartunista, seu primeiro grande filme em live-action é a produção infantil “Harold e o Lápis Mágico”.
Com um misto de adaptação das obras de Crockett Johnson e uma trama totalmente nova, a história mostra Harold (Zachary Levi), portador de um gis mágico que o faz criar o que quiser, em qualquer lugar. Após ouvir uma voz misteriosa que acredita ser de seu Pai, ele sai do seu universo com seus amigos Alce (Lil Rel Howery) e Porco-Espinho (Tanya Reynolds), para tentar encontrá-lo no mundo real.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
Já adianto que estamos falando de uma produção que nasceu apenas para relaxar a nossa mente, depois de momentos tensos. Por conta disso, o roteiro de David Guion e Michael Handelman, não nos obriga a pensar muito ou presenciar situações constrangedoras. Tudo é bastante previsível, simples e até mesmo genérico. “Mas isso tudo não é ruim?”, eu te digo com total clareza que não.
Com uma mescla entre animação 2D e live-action, a produção soube explorar a veia cômica de Levi (conhecida nos dois “Shazam”), com divertidas piadas de “divergência cultural”, ao mesmo tempo que Howey e Reynolds são como uma cereja no bolo.
Mesmo com o talento do trio citado, a atriz Zooey Deschanel (“Sim Senhor”) é deixada de lado e infelizmente aparece para ser a “adulta certinha”, pois ela merecia um espaço melhor. Quanto ao vilão Gary (Jemaine Clement), ele é mais um estereótipo genérico, cujo desfecho já era previsível desde o primeiro close em seu caractere.
“Harold e o Lápis Mágico” é uma agradável e gentil produção, para crianças e principalmente os adultos.