Crítica | Venom: A Última Rodada - Engenharia do Cinema

publicado em:2/11/24 12:05 PM por: Gabriel Fernandes CríticasNos CinemasTexto

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Das produções do universo de Homem-Aranha na Sony, a única realmente lucrativa é a franquia de “Venom”. Encabeçada por Tom Hardy, os três títulos renderam mundialmente cerca de US$ 1,5 bilhão, onde cada um dos episódios custaram cerca de US$ 120 milhões. Embora os ganhos sejam enormes, a qualidade das produções decai conforme ela avança, pois “Venom: A Última Rodada” consegue ser pior que os dois primeiros filmes do personagem. 

A história começa um pouco depois dos eventos do segundo, com Eddie Brock (Tom Hardy) e seu alter-ego Venom fugindo da justiça em terras mexicanas. Ao perceber a possibilidade de reverter este quadro, eles decidem retornar até Nova York. No caminho, além de terem de fugir de cientistas do governo que trabalham na área 51, eles devem se esconder dos súditos do poderoso Knull (Andy Serkis), que precisa de algo que apenas ambos possuem.

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

Assim como em suas outras produções da Marvel fora da Disney, o produtor Avi Arad deve ter citado a Hardy e Kelly Marcel (que também assina a direção), focar em piadinhas e arcos desnecessários para a trama, na hora de conceber o roteiro. Uma vez (na mente dele) que o público não acharia interessante ver um embate de Venom contra o vilão, muito menos receber cenas de violência regadas a sangue.

Para compensar isso, eles inseriram personagens desnecessários como a cientista Teddy Paine (Juno Temple), o militar Strickland (Chiwetel Ejiofor), além de um homem (Rhys Ifans) que viaja com a sua família simplesmente para se encontrarem com alienígenas e provar suas teorias. 

A importância deles? Apenas facilitações narrativas em momentos chaves. Se Eddie precisa ser salvo? Uma carona? Um álibi para uma cena de ação? Estes surgem apenas para isso, inclusive a primeira ainda tem uma subtrama que poderia ter servido para alguma coisa relevante.

O mais bizarro foi o retorno aleatório da Senhora Chen (Peggy Lu), que além de ter sido jogada, ainda reaparece para ter uma vergonhosa cena de dança e alívio cômico desnecessário. Além de deixar mais estampado o quanto o próprio Venom é mais burro que o próprio Eddie, pois na cena em questão eles não deveriam fazer uma única coisa para se esconder dos vilões e eles a fazem simplesmente por “diversão” (não estou brincando). 

“Venom – A Última Rodada” é mais um fraco título da Marvel/Sony, que não encerrará tão cedo essa linhagem de filmes ruins do universo do Homem-Aranha.



A última modificação foi feita em:novembro 14th, 2024 as 21:14


Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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