Crítica - Lucy In The Sky - Engenharia do Cinema

publicado em:24/06/20 10:53 PM por: Gabriel Fernandes CríticasStreamingTelecine PlayTexto
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Lançado no último Festival de Toronto, “Lucy in The Sky” parecia ser uma aposta certa ao Oscar 2020. Porém após ser massacrado por lá, e ter sido um fracasso de público, foi ignorado em todas as premiações e finalmente chega ao Brasil direto no catalogo do Telecine. Confesso que o filme não é tão ruim quanto pensam, pois apesar de se tratar de um drama se passando na terra, o marketing vendeu o filme como se fosse passado em viagens espaciais.

Imagem: Searchlight Pictures (Divulgação)

Inspirado na história real da astronauta Lisa Nowak, aqui o roteiro lhe chama pelo pseudônimo (uma mudança que não teve justificativa alguma) de Lucy Cola (Natalie Portman), que após ter ficado mais de 12 dias a deriva no espaço, volta para a terra e começa a ter diversos distúrbios psicológicos.

Imagem: Searchlight Pictures (Divulgação)

Apesar da atuação de Portman ter sido excelente, isso não é suficiente para mostrar o quão o diretor Noah Hawley (que também assina o roteiro com Elliott DiGuiseppi e Brian C. Brown) não sabe conduzir essa narrativa de uma forma convincente. Além dele constantemente ficar alterando o formato da tela (sem necessidade alguma, pois só serve para parear os sentimentos de Lucy diante seu dia a dia e o vácuo do espaço), ele parecia não mostrar mais as consequências reais à volta de Lucy, sem cair no dramalhão do gênero (excesso de frases habituais, cenas de escândalo do casal protagonista, situações que facilmente já sabemos seu desfecho e por ai vai).

Porém as breves cenas que se passam no espaço, são muito bem realizadas seja no quesito de efeitos visuais ou até mesmo a fotografia. Já a concepção de Portman para a personagem, remete e muito a sua caractere em “Cisne Negro” (cuja protagonista tem um motivo X, e fica louca aos poucos por causa dele). Isso pode ficar explicito em poucos minutos de execução, mas é perceptivel que o filme enfrentou alguns problemas durante sua execução, pois a tonalidade muda algumas vezes (uma hora parece ser um filme da NASA, outra um drama famíliara) e isso acabou sendo prejudicial no resultado final.

Mesmo sendo vendido como um filme sobre “astronautas” e a NASA, “Lucy In The Sky”, é um exemplo que Natalie Portman não está em seus melhores dias.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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