Este é aquele típico filme B, que se garante apenas em seu elenco principal e esquece de desenvolver o roteiro. “Jogo Assassino” é sem dúvidas uma mancha no currículo de astros como Henry Cavill (que na época das filmagens, já era o Superman), Ben Kingsley, Alexandra Daddario, Stanley Tucci e Nathan Fillion. A premissa soa ser bem interessante, mas a péssima direção e desdobramentos do roteiro do estrante David Raymond.

A história mostra o grupo citado como agentes que investigam uma série de crimes brutais cometidos pelo misterioso Simon (Brendan Fletcher). Mas à medida que as investigações vão ficando mais adentro, a vida de todos eles corre perigo aos poucos.

Apesar de o filme ter vendido Cavill como o verdadeiro protagonista (mesmo com sua expressão soar claramente como forçada e sem vida), a função acaba decaindo mais sobre Daddario (que inclusive tem mais tempo de tela). Enquanto aos outros citados a única duvida que permeia é “o que diabos eles estão fazendo neste filme?”, principalmente Kingsley que possui uma trama paralela que nada acrescenta.

Já em quesitos de direção, como se trata de uma produção de um filme B, é notório a utilização de tela verde em alguns momentos, mas, apesar de Raymond criar um suspense legal nas cenas, fica difícil comprar alguma coisa, uma vez que não temos afinidade com nenhum dos personagens.

“Jogo Assassino” é o típico filme B que se garante mais pela presença do astro principal, que, no caso, é o ator Henry Cavill e esquece o fato de que tem de haver um roteiro plausível.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.