Crítica - Vision - Engenharia do Cinema

publicado em:5/08/20 9:47 AM por: Gabriel Fernandes CríticasStreamingTelecine PlayTexto
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Sendo lançado no Brasil apenas em meados de 2019, “Vision” marca a parceria dentre dois grandes polos do cinema mundial: França e Japão. Com uma das principais estrelas daquele, a atriz Juliette Binoche, este é aqueles filmes onde pelo pôster já deduzimos a premissa “mostrar as belezas do Japão, com uma celebridade francesa como carro chefe”. Infelizmente não é exatamente isso que o resultado final acaba sendo.

Imagem: Imovision (Divulgação)

A história mostra Binoche como a viajante Jeanne que, na companhia de uma amiga, vai até uma floresta no Japão, com o propósito de encontrar uma planta chamada “Vision”, cujos poderes medicinais são realmente incríveis.

Imagem: Imovision (Divulgação)

O principal problema em “mostrar o cenário japonês” é o fato que a cineasta Naomi Kawase (que também assina o roteiro) só nos apresenta uma narrativa que enaltece o local e nada mais além disso. O resultado é uma batalha gigante contra o nosso sono. Durante os 110 minutos de projeção torcemos para que tudo se encerre o mais rápido possível e que algo relevante aconteça. Porque depois que a dupla chega na floresta, basicamente NADA ACONTECE.

Kawase em momento algum procurou explorar mais os personagens ou até mesmo fazermos se interessarmos por eles, a ponto de desenvolvermos emoções em algumas situações ou desfechos.

Em seu desfecho, agradecemos por finalmente “Vision” ter chegado aos seus créditos finais e que um filme para ser bom precisa pelo menos ter os personagens desenvolvidos e não apenas a sua fotografia ao redor.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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