Crítica - Natal Sangrento - Engenharia do Cinema
É a segunda vez que Hollywood resolve regravar esta mesma história, cujo o original se rotulava como “A Noite do Terror” (em 1979) e o primeira refilmagem como “Natal Negro” (em 2006). “Natal Sangrento” foi lançado em 2019, em uma era onde diversas questões sobre o feminismo e produções como “Meninas Malvadas” seguiam em alta na mídia e no universo pop. A partir desta premissa que a as roteiristas Sophia Takal (que também assina a direção) e April Wolfe, começaram a desenvolver o remake citado.
Imagem: Universal Pictures (Divulgação)
Assim como os outros, a história se passa em plena época de Natal em um campus universitário. Prestes a encerrarem as aulas para as festividades, uma série de assassinatos brutais e misteriosos passam a acontecer. É quando um grupo de calouras, começam a investigar por conta própria a identidade do assassino e o que lhe está motivando.
Imagem: Universal Pictures (Divulgação)
Encabeçadas pela personagem da atriz Imogen Poots (“Namoro ou Liberdade“), vemos o quão a dupla de roteiristas queria mais inserir uma crítica social à todo custo (e literalmente tirando de cena os personagens que não concordavam com elas), ao invés de nos apresentar uma obra que criasse uma afinidade com os personagens para depois inserir este contexto (como o sucessivo “Corra!“).
Com cenas já conhecidas do gênero de serial killer e decisões extremamente burras (como demorem três anos para resolver tirar a mascara do assassino, só pra enrolar mais na trama) que não faz termos afinidade alguma com as protagonistas. Além do fato óbvio demais: fica evidente desde o principio o que está motivando os assassinos, e apenas as protagonistas não viram isso.
“Natal Sangrento” é um remake desnecessário e não serve nem como passatempo para aqueles que gostam de filmes, cujo enredos são “encontrar o serial killer”.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.