Crítica - Freaks: Um de Nós - Engenharia do Cinema
Já não é de hoje que a Netflix tem atirado para todos os lados para encher seu catálogo com todos os gêneros e estilos de produções. “Freaks: um de Nós” se encaixa facilmente na categoria de ação com super-heróis, onde essa produção alemã aparentemente já foi concebida pensada em uma futura franquia.
Imagem: Netflix (Divulgação)
A história é centrada na jovem funcionária de uma lanchonete chamada Wendy (Cornelia Gröschel), que possui uma vida pacata com o marido e filho. Até o dia que um estranho (Wotan Wilke Möhring) lhe aborda em seu trabalho, alegando para ela parar de tomar seus medicamentos e que isso inibia seus grandes poderes. Ela acaba fazendo isso e descobre que possui uma super força, o que lhe faz sair em busca de respostas para sua vida e se existem mais pessoas como ela.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Apesar do desenvolvimento da narrativa ser legal e conseguir prender nossa atenção, o roteiro de Marc O. Seng peca pelo previsível. Com alguns coadjuvantes soando meramente padrões do estilo (o revoltado, o cônjuge desligado, o jovem que idolatra o protagonista e por aí vai), a emoção é perdida por conta disso. Isso sem falar que a solução para o arco final acaba sendo bastante preguiçosa, pois notoriamente Seng resolveu abrir portas para uma franquia (ao invés de esticar mais 10 minutos e encerrar o arco ali) e não ligou para a retratação dos últimos frames.
Mas, alto lá, não estou falando de uma bomba, muito pelo contrário, o filme tem uns momentos legais com Wendy brincando com seus poderes e resolvendo os seus problemas, antes de sair em busca de respostas (algo que ficou bem extinto nas produções do gênero).
“Freaks: um de Nós” é uma das primeiras empreitadas da Netflix no mundo das produções de super-heróis, e até que foi uma boa entrada.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.