Crítica - Apocalipse Now: Versão Final - Engenharia do Cinema
Este é um dos mais polêmicos filme da história do cinema. Seja pelas diversas histórias curiosas de seus bastidores como o infarto de Michael Sheen, os ataques de estrelismo de Marlon Brando, o diretor Francis Ford Copolla ter estourado o orçamento da produção sem sequer ter terminado cenas importantes e outras diversas coisas (que se contar aqui, você não vai sair tão cedo deste post). Lançado pela primeira vez em 1979, em pleno Festival de Cannes, e apesar de ter sido extremamente elogiado, Copolla nunca esteve satisfeito com o resultado final do filme. Então em 2001 ele lançou um novo corte chamado de “versão redux” (que era um novo corte com algumas cenas extras), e ainda não satisfeito agora em 2019 ele lançou esta “versão final” com mais minutos extras (somando agora três horas de duração).
Imagem: Pandora Filmes (Divulgação)
Para quem não conhece a história de “Apocalipse Now“, ela é inspirada no livro de Joseph Conrad e temos como protagonista o perturbado Capitão Benjamin L. Willard (Sheen), que é repentinamente chamado por seus superiores para uma missão extremamente importante: assassinar o Coronel Walter E. Kurtz (Brando), que acabou ficando completamente louco em uma missão durante a Guerra do Vietnã e acabou criando uma seita com propósitos completamente contraditórios ao exército estadunidense.
Imagem: Pandora Filmes (Divulgação)
É difícil escolher algum momento que tenha se tornado marca neste clássico, seja a cena dos helicópteros ao som de “The Ride of the Valkyries“, o excêntrico Coronel Kilgore (Robert Durvall, que foi indicado ao Oscar por este papel) que “adora o cheiro do napalm pela manhã” e a cena da foto acima com Willard saindo do rio escondido. Mas uma coisa é certa: por mais que o filme já possua seus 40 anos de existência, a violência e efeitos práticos ainda dão um baile em muitos blockbusters que são lançados por ai. O impacto e a sensação de que tudo é realmente verídico, fica cada vez mais clara e ampla.
Apesar de ser um clássico grandioso do cinema “Apocalipse Now: Versão Final” foi uma péssima decisão de Copolla, pois deixou uma obra-prima virar uma produção um tanto que mais monótona e arrastada.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.