Crítica - Rebecca: A Mulher Inesquecível (2020) - Engenharia do Cinema

publicado em:17/10/20 10:39 AM por: Gabriel Fernandes CríticasFilmesNetflixTexto
O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é download.jpg
Apoio

Muitos cinéfilos já devem saber da importância do longa “Rebecca: A Mulher Inesquecível” na carreira de Alfred Hitchcock. Além de ter sido seu primeiro e grande esnobe do Oscar, em 1940 (porque o longa havia vencido na categoria de filme e a vitória dele sempre foi dada como certa, mas ele não a conquistou), é considerado por muitos como um de seus maiores suspenses na carreira. No aniversário de 70 anos deste fato, a Netflix lança um reboot deste grandioso clássico, porém o vende não como isso, mas como uma “nova versão do livro de Daphne Du Maurier“.

Imagem: Netflix (Divulgação)

A história gira em torno da pacata e tímida mulher (Lily James), que após uma viagem com sua chefe, acaba conhecendo o galã misterioso Maxim de Winter (Armie Hammer). Ambos se apaixonam de imediato e ela decide ir morar com ele em sua mansão. Porém ao chegar no local ela começa a perceber uma enorme presença da ex-esposa deste, Rebecca, que havia falecido há alguns anos e deixado uma enorme marca positiva no local.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Um conselho para conseguir absorver este filme, é meramente esquecer por completo do que foi visto no filme de Hitchcock (porque dificilmente conseguirá engolir esta nova narrativa). O diretor Ben Wheatley (“Free Fire: O Tiroteio“) conhece mesmo o universo da obra, pois ele opta por seguir o suspense e narrativa com foco nos olhares de James. Além de transpor uma enorme visão de insegurança o tempo todo, ela passa para nós espectadores o clima de suspense da situação. Ficamos o tempo todo nos questionando da motivação dos atos de alguns personagens misteriosos, como da governanta Mrs. Danvers (Kristin Scott Thomas).

Outro fator que auxilia estes arcos são a fotografia de Laurie Rose, que opta por tonalidades alegres nos primeiros arcos (quando o casal protagonista se conhece) e depois passa para cenas já de dentro da mansão em diante, opta por tonalidades acinzentadas e mais depressivas. É um modo sutil de descrever a narrativa, sem ser por diálogos.

O reboot de “Rebecca: A Mulher Inesquecível” consegue entreter se você não usar como parâmetro constante o clássico de Hitchcock.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



Post Tags

Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


Comentários



Adicionar Comentário