Crítica - Jessica Jones (3ª Temporada) - Engenharia do Cinema

publicado em:7/08/19 5:29 PM por: Gabriel Fernandes CríticasNetflixSériesTexto

Antes de estrear sua terceira temporada, e mesmo antes de Tony Stark estalar os dedos, a Netflix anunciou que sua parceria com Marvel chegou ao fim. Nisso as séries como “Jessica Jones” e “O Justiceiro” sofreram com o fator “acabou e estamos no meio da produção”. E isso pode ser notado claramente nesta terceira temporada daquela, principalmente nos últimos dois episódios (já que a do segundo ainda não possui previsão de estreia).

Imagem: IMDB

O arco desta temporada mostra Jessica (Krysten Ritter) enfrentando um inimigo bastante misterioso e letal. Para isso ela conta com a ajuda de Erik (Benjamin Walker), um misterioso telepata com quem ela vem mantendo um caso. Enquanto isso sua meia-irmã Trish (Ranchel Taylor) começa a viver uma vida de justiceira, pois ela conseguiu adquirir os mesmos poderes de Jessica na última temporada.

Essa temporada começou boa e bastante interessante, e inclusive o personagem de Walker transpõe bastante desconfiança e não sabemos se ele realmente é o mocinho ou vilão (sendo auxiliado por diversos fatores, dentre o roteiro, direção e a atuação do próprio Walker). Já o vilão vivido por Jeremy Bobb é realmente o psicopata em pessoa, e isso é notável somente em seu olhar. O arco de investigações envolvendo Jessica são habituais da série e isso é o principal destaque, mas o principal problema é quando somos colocados a par das outras subtramas.

Imagem: IMDB

Tanto o arco de Jeri Hogarth (Carrie-Anne Moss) e Malcom (Eka Darville) em momento algum interessam desta vez, e principalmente parecem que estão lá “por estar”. Claro na trama principal eles fazem sentido, mas porque diabos queremos saber da vida intima deles enquanto temos uma Trish sendo justiceira e uma Jessica encarando um verdadeiro psicopata? Coisas que somente os roteiristas da série entendem.

Mas eis que chegamos aos dois capítulos finais (fiquem tranquilos, pois não há spoilers). Sabe tudo isso que a série pregou deste a primeira temporada? Sabe os roteiristas de “Game of Thrones”? Sabe o que mencionei no primeiro paragrafo? Então pegue tudo isso e seja contemplado com um dos piores finais de séries já feitos.

Grande parte das coisas realizadas não fazem sentido algum, as atuações ficam realmente no automático e tudo parece estar acontecendo, “por estar”. Uma excelente oportunidade de terminarem a série de uma forma digna, é jogada no ralo em nome de “alguma coisa”.

Ao som da música “Keep on Livin” da banda Le Tigre, a terceira temporada de “Jessica Jones” termina com uma sensação de “e dai?” e com uma enorme injuria do espectador que acompanhou sua jornada até então.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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