Especial 007 - 007: Os Diamantes São Eternos - Engenharia do Cinema
Este é o último filme de Connery encarnando o agente James Bond (apesar de ele viver o personagem em “Nunca Mais Outra Vez”, este não faz parte da saga de 007) e, facilmente, a sensação de terminar um arco é notória o tempo todo no roteiro de Richard Maibaum e Tom Mankiewicz.
Imagem: MGM (Divulgação)
“007: Os Diamantes São Eternos” tem início com Bond finalmente conseguindo derrotar Blofeld (Charles Gray) e, por isso, M (Bernard Lee) resolve escalar o agente para uma missão mais “light”. Agora ele terá de se passar por um traficante de joias, em Las Vegas, com o propósito de recuperar um precioso diamante.
Imagem: MGM (Divulgação)
De fato, o filme é o mais “light” de todos os últimos estrelados por Connery, mas, em quesito de Bondgirl, acaba sendo o mais engraçado. Porque o roteiro aborda Tiffany (Jill St. John) como uma mulher totalmente desastrada e que mais atrapalha Bond do que ajuda (em algumas cenas, confesso que não sabia se ficava nervoso ou até mesmo dava risada). O plot twist envolvendo Blofeld também é um dos carros fortes do longa aos quais, até hoje, a franquia não conseguiu chegar a este patamar (embora o recente “Spectre” tenha tentado).
Agora, partindo para questão das cenas de ação, o filme tem uma cena de perseguição de carros, em Las Vegas, muito bem realizada para a época. O mesmo pode-se dizer do embate final, na bacia no meio do oceano (fatores que contribuíram para a indicação ao Oscar, na categoria de som).
Com o melhor e mais divertido desfecho de todos os filmes da franquia, “007: Os Diamantes São Eternos” foi uma despedida de ouro de Sean Connery do papel mais marcante de sua carreira e do cinema.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.