Crítica - Jovens Bruxas: Nova Irmandade - Engenharia do Cinema
Diante de vários lançamentos que foram direto para os streamings/on-demand no restante do mundo, a Sony Pictures Brasil resolveu ir na contramão e lançar seus novos lançamentos primeiro nos cinemas nacionais (como forma de ajudar as salas brasileiras). O que foi o caso deste “Jovens Bruxas: Nova Irmandade“, que soa o tempo todo como uma produção voltada para televisão. Independentemente, estamos falando de uma obra bastante vergonhosa e que em momento algum não se decide o que está querendo ser.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
A história tem início com a jovem Lily (Cailee Spaeny) que, após mudar para a casa de seu padrasto (David Duchovny) com sua mãe (Michelle Monaghan), ela acaba enfrentando os habituais problemas de adolescentes. Eis que ela descobre o fato de possuir poderes de bruxaria, o que faz ela se juntar com as “jovens bruxas” Lourdes (Zoey Luna), Frankie (Gideon Adlon) e Tabby (Lovie Simone).
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
Nos primeiros 20 minutos de projeção, passava a me questionar sobre onde o roteiro de Zoe Lister-Jones (que também assinou a direção) queria chegar. Não há como saber se é um drama adolescente, um filme de terror, uma comédia adolescente ou até mesmo um episódio de “Malhação” (estou falando SÉRIO). A inconsistência é notória e, em momento algum também, não sabemos sobre “o que o filme se trata”.
Tudo aqui é uma bagunça, inclusive a abordagem das bruxarias (o feitiço delas em cima de um bully da escola chega a ser uma das coisas mais patéticas que já vi na história do cinema) e as atuações de atores como Duchovny e Monaghan mostram que estes estavam em seus piores dias ao aceitarem este projeto. Isso sem mencionar as atrizes que vivem as protagonistas, pelas quais conseguem ter as piores falas (e provavelmente vão virar memes em grupos de Facebook).
Em um ano onde achava que “Os Órfãos” foi uma das piores coisas que já vi, o cinema vai e me mostra este “Jovens Bruxas: Nova Irmandade”, que consegue fazer qualquer pessoa com dois neurônios ter uma tremenda raiva.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.