Crítica - Crônicas de Natal 2 - Engenharia do Cinema

publicado em:2/12/20 9:32 AM por: Gabriel Fernandes CríticasFilmesNetflixTexto
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Lançado em 2018, “Crônicas de Natal” foi um tremendo sucesso na Netflix e teve grande parte do destaque no carisma de Kurt Russell como intérprete do Papai Noel e a direção de Chris Columbus (“Esqueceram de Mim“). Obviamente que agora teríamos uma continuação, aos quais ele tenta escapulir um pouco do que já havia sido apresentado antes. Mas o roteiro, de autoria do próprio Columbus (que volta como diretor também) com Matt Lieberman, procura reciclar algumas jogadas do antecessor e vender ao máximo o fato da presença da veterana Goldie Hawn (esposa de Russell na vida real) como a Mamãe Noel.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Na nova história, Kate (Darby Camp) e Jack (Jahzir Bruno) estão em família passando férias tranquilamente, até quando o misterioso Belsnickel (Julian Dennison) acaba surgindo e lhes transporta acidentalmente para o Polo Norte, na terra do Papai Noel. No local, eles descobrem que aquele está começando a executar seu plano para acabar com o Natal.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Apesar dessa premissa de “um vilão que quer acabar com o Natal” ser o escopo de grande parte da maioria dos filmes natalinos, Columbus soube elaborar de forma interessante a origem do vilão. Porém, faltou aquela sensação de “brincadeira” com o mais do mesmo, que o antecessor já havia feito. Também há um número musical como no antecessor, porém, nos primeiros minutos fica claro o uso de playback (já que a voz da atriz não se encaixa com seus movimentos labiais, se olharmos nitidamente) e pior, a edição CORTA a música do nada e parte para outra cena totalmente distinta!

Devaneios a parte, é realmente notório que Russell está bem à vontade (tanto que ele vai encerrar sua carreira com esse personagem, segundo o próprio Columbus) e sabe passar perfeitamente a imagem de Papai Noel que imaginávamos. Com relação as crianças, elas não demonstram interesse algum em estar ali e seus papéis realmente são mal escritos, assim como a própria Mamãe Noel, que não sobra quase nada pra se fazer no filme, a não ser falar “olha isso”, “olha aquilo” e etc.

Crônicas de Natal 2” consegue transpor a magia do Natal como seu antecessor, porém, o público alvo continua sendo o infantil e nada mais além disso.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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