Crítica - Fada Madrinha - Engenharia do Cinema
Pensem em uma fase onde a Disney sofre de uma enorme “crise criativa” quando o assunto são suas produções originais (principalmente às direcionadas para o Disney+). Disponível na última sexta-feira em seu serviço streaming, o longa “Fada Madrinha” é nada mais, nada menos, que uma mera cópia do sucessivo filme “Encantada” (um dos mais sucessivos live-actions do estúdio).
Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação)
Após ser banida de seu reino pela fada chefe, Eleanor (Jillian Bell) acaba sendo jogada para a cidade grande com a missão de reunir um casal com “o amor verdadeiro”. Eis que ela encontra a pacata mãe divorciada, Mackenzie (Isla Fisher), pelo qual ela tenta achar um cônjuge digno para ela.
Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação)
Começo destacando que o roteiro de Kari Granlund e Melissa K. Stack utiliza todas as fórmulas conhecidas do gênero, que vão de piadas envolvendo divergências culturais, uma personagem viciada em trabalho, as crianças que acreditam na mensagem da protagonista e etc. O que acaba sobrando é a diretora Sharon Maguire (“O Diário de Bridget Jones“) deixar Bell e Fisher aproveitarem suas veias cômicas e tirarem bons momentos. Infelizmente não é o que acontece, pois a graça não acontece aqui e tudo soa que temos uma obra feita pensada apenas para o público alvo (meninas com no máximo 15 anos).
“Fada Madrinha” tinha tudo para ser uma produção divertida, porém, se tornou uma cópia descarada de “Encantada” e ficará mofando no catálogo do Disney+.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.