Crítica - O Favorito - Engenharia do Cinema
O cineasta Jason Reitman sabe como contar uma boa história envolvendo situações do cotidiano, que sejam aplicáveis em quaisquer naturalidades. Seja com “Juno“, “Amor Sem Escalas” e neste “O Favorito“, que mostra o quão a imprensa tem realmente o poder de destruir e influenciar uma eleição quando ela bem entender.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
Neste longa, ele tem sua primeira trama inspirada em fatos reais, aos quais o foco é nas eleições para a Presidência dos EUA, em 1987, pelo qual o então Senador Gary Hart (Hugh Jackman) acaba sendo investigado por grande parte da mídia, por conta de suspeitas dele estar tendo um caso fora de seu casamento.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
Nos minutos iniciais veremos que será um longa um tanto que complicado, pois não há ação, suspense ou algo do gênero, mas sim diversos diálogos e mais diálogos. Os que não possuem paciência ou não conhecem o cenário político da época, irão desistir de imediato, os que conseguirem ficar um pouco mais verão conotações semelhantes com a situação da imprensa x governo, que acontecem atualmente. A cena de discussão de uma edição da primeira, com o propósito de “caçar” algo ilegal no histórico de Hart, é algo que já se tornou comum com quaisquer governos dos EUA.
Com relação das atuações, o destaque acaba decaindo realmente em cima do próprio Hugh Jackman e é o personagem que nasceu para ser representado por ele. Porque, apesar das atitudes duvidosas deste, conseguimos comprar o mesmo, por conta de seu carisma.
“O Favorito” é um retrato crítico sobre a incansável polêmica dentre os veículos de imprensa e os quadros políticos mundiais.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.