Crítica - Ninguém Brinca Com Jesus Quintana - Engenharia do Cinema
Sendo planejado pelo ator e cineasta John Turturro, o spin-off de “O Grande Lebowski”, cujo foco é no seu personagem Jesus Quintana, finalmente conseguiu sair do papel. Mas apesar de “Ninguém Brinca Com Jesus Quintana” ser tratado como um projeto pessoal pelo citado, estamos falando de uma obra que não se decide exatamente qual estilo quer ser (pornochanchada, comédia pastelão ou até mesmo uma trama francesa).
Imagem: Sidney Kimmel Entertainment (Divulgação)
A história se inicia quando Jesus sai da prisão e vai se encontrar com seus amigos. Então ele acaba conhecendo a misteriosa Marie (Audrey Tautou), o que faz eles conviverem um triângulo amoroso com Petey (Bobby Cannavale). Realmente o filme é basicamente só isso e não consegue ao certo definir qual rumo ele vai tomar, muito menos se haverá alguma referência ao filme comandado pelos irmãos Cohen, em 98 (“O Grande Lebowski”).
Imagem: Sidney Kimmel Entertainment (Divulgação)
Além de ser uma obra totalmente sem graça e contendo situações bastante constrangedoras envolvendo o trio central, não conseguimos em momento algum tirar o seguinte pensamento da cabeça “por isso que ninguém quis bancar este filme nos últimos 20 anos!”. Isso sem falar que são desperdiçados nomes como Sonia Braga (em uma fracassada sátira de sua própria persona), Christopher Walken e John Hamm, em cenas sem sentido algum para o resultado final
“Ninguém Brinca com Jesus Quintana” mostra que não se adianta continuar com tramas clássicas como “O Grande Lebowski” e achar que conseguirá cativar o espectador.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
Eu desafio qualquer cinéfilo de respeito a decidir qual é o filme mais chato : se é este ‘Jesus’ ou ‘o grande Lebowski’