Crítica - Legado Explosivo - Engenharia do Cinema
“Apenas um telefonema“. Com essa frase podemos resumir o que teria evitado completamente grande parte das desavenças na trama de “Legado Explosivo“, novo longa de ação estrelado por Liam Neeson (“Busca Implacável“).
Imagem: Imagem Filmes (Divulgação)
A história gira em torno do ladrão de bancos Tom Dolan (Neeson) que, um ano após se apaixonar por Annie (Kate Walsh), resolve se entregar para o FBI, devolver todo o dinheiro que havia roubado e ser preso. Relutando da confissão deste, a agência manda dois agentes para atenderem o seu pedido. Porém, estes acabam mudando os planos, fazendo com que Tom tente impedi-los.
Imagem: Imagem Filmes (Divulgação)
Em menos de 20 minutos percebemos o quão o roteiro de Steve Allrich e Mark Williams (que também assina a direção) é desleixado. Com diversas situações que poderiam encerrar o longa a qualquer momento ou, até mesmo, apelando para a burrice extrema (seja ao lado dos vilões ou dos mocinhos), vemos que o único propósito era “fazer cenas de ação com Liam Neeson“.
Embora o citado esteja bem, mesmo com um roteiro que não ajuda, Williams se mostra um péssimo diretor. Porque, além de usar os recursos mais pobres e óbvios paras as cenas (como a trilha sonora de quando alguém aponta uma arma ou algo errado acontece), às situações apresentadas, acabam se tornando bizarras no resultado final.
“Legado Explosivo” é mais um filme B fraco na carreira de Liam Neeson.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.