Crítica - Pai em Dobro - Engenharia do Cinema
Assim como Larissa Manoela, Maisa também está aos poucos se tornando um dos maiores nomes da Netflix Brasil. Apesar de ter um baita carisma como apresentadora, ainda não podemos dizer que ela não consegue ser tão carismática na questão dramatúrgica quanto sua ex-colega de “Carrossel”.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Inspirado no livro de sucesso escrito por Thalita Rebouças (que também assina o roteiro com Renato Fagundes), a trama gira em torno de Vicenza (Maisa) que, desde pequena, sonhou em conhecer seu pai. Apesar da relutância de sua mãe, ela resolve sair em busca do mesmo por conta própria.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Dirigido por Cris D’Amato (“10 Horas Para o Natal‘), vemos que ela ainda consegue ter os mesmos erros de suas produções anteriores que é a bendita mania de explicar tudo para o espectador com todos os recursos de forma simultânea. Mesmo com um personagem tomando tal decisão visivelmente, o roteiro ainda faz ele explicar em diálogos bastante cheios de frases de efeito. Isso sem contar as constantes situações já conhecidas do cinema, que são usadas como propósito para “solucionar” problemas apresentados.
Porém, não estamos falando de uma bomba, pois “Pai em Dobro” pode ser definido como uma simpática aventura adolescente. Apesar de Maisa não ser uma boa atriz (já que ficar sorrindo e lendo falas não adianta nada), os atores que interpretam seus pais, Eduardo Moscovis e Marcelo Médici, estão muito bem (e até mesmo engraçados em algumas partes, mas não muitos).
“Pai em Dobro” não é a melhor produção nacional da Netflix, mas agradará se você busca uma trama simples e brevemente divertida.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.