Crítica - Godzilla II: O Rei dos Monstros - Engenharia do Cinema

publicado em:2/06/19 10:46 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

O filme “Godzilla” de 2014 não era um grande revival do cinema de monstros, muito menos um longa digno ao monstro japonês. Alguns meses após o lançamento deste, foi revelado que o até então vindouro “Kong – A Ilha da Caveira” seria o segundo filme de um universo de monstros japoneses criados pela Warner Bros. Esse conseguiu ser um sucesso e mostrou o quão amplo é esse, a medida da apresentação da organização “Monarc”, que estuda a vida de monstros na Terra. Mas tudo isso tem um único propósito: preparar o espectador para o filme “Kong vs Godzilla”, que estreará em março de 2020.

Godzilla: King of the Monsters (2019)
Imagem: IMDB

Em “Godzilla II: O Rei dos Monstros”, somos não só apresentados mais afinco a esta organização citada, como também vemos a existência de mais monstros dentro desse universo e que o Godzilla é um “ponto” no meio deles. Infelizmente o roteiro e direção de Michael Dougherty procura focar mais nos arcos dramáticos dos personagens humanos ao invés dos monstros. A história daqueles mostra a cientista Dra. Emma Russell (Vera Farmiga) que, junto a sua filha (Millie Bobby Brown, a Eleven de “Stranger Things”), acabam sendo sequestradas por um “militar malvadão”, sobrando para o ex-marido daquela, Mark (Kyle Chandler) resgatá-la, junto a companhia Monarc.

Vera Farmiga and Millie Bobby Brown in Godzilla: King of the Monsters (2019)
Imagem: IMDB.

Se fosse um filme de ação à la “Liam Neeson”, a história seria literalmente “genérica”. Mas como se trata de um filme de monstros, o enredo desenvolvido por Dougherty é um verdadeiro desastre ao intercalar as duas coisas. Afinal de contas, se decidimos ver um filme com título de “Godzilla: O Rei dos Monstros”, o que queremos ver são monstros e não pessoas. Os personagens se quer nos interessam e são apenas meras “figurações” no meio de tudo, pois além de bem genéricos (inclusive o vilão, com um plano que não há sentido algum), nós não ligamos para eles. Mas, quando são retratadas as cenas de lutas e ação envoltas aos monstros e ao próprio Godzilla, os efeitos visuais são realmente impressionantes, mas ele peca ao ficar intercalando os takes com humanos e monstros, pois acaba fazendo aquela emoção da luta ser meramente perdida.

Não vou adentrar na parte de atuações, pois os atores estão bem dentro do material que lhes foi fornecido. Claro, tecnicamente eles “não tinham o que fazer”, mas se saíram bem.

“Godzilla II: O Rei dos Monstros” vale a pena pelos efeitos visuais e as cenas de ação que são bem realizadas, e se você está esperando ansioso pelo encontro dele com Kong. Se não for o caso, evite ao máximo.

Nota: 6,5/10,0



A última modificação foi feita em:novembro 30th, 2020 as 11:53


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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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