Crítica - Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre - Engenharia do Cinema
Após dois filmes de extremo sucesso na Netflix, “Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre” encerra a trilogia que adapta os livros de Jenny Han. Filmado ao mesmo tempo que seu antecessor, este terceiro longa possui exatamente os mesmos problemas da produção citada: situações que basicamente são esticadas para se “ter uma trama de filme”.
Imagem: Netflix (Divulgação)
A história tem início com Lara (Lana Condor) vivendo em um momento tenso em seu namoro com Peter (Noah Centineo). Cursando o último ano de colegial, o casal não tem certeza para quais universidades eles irão e se o namoro deles conseguirá se sustentar com essa questão.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Resumidamente em 80% do filme temos o casal vivendo seu último ano do colegial em diversas situações habituais e momentos já apresentados em vários longas do gênero. Sim, absolutamente NADA relevante acontece durante as quase duas horas de projeção. Apesar de Condor e Centineo possuírem química e serem um casal muito bom de serem acompanhados, faltou uma emoção mais real e situações mais interessantes para a dupla.
Para não falar que tudo é uma desgraça, o diretor Michael Fimognari (que também comandou o segundo filme) utiliza divertidas cenas que transformam os cenários em desenhos (iguais aos feitos por Lara em suas ilustrações). Porém o recurso é usado de forma bastante breve, e era um diferencial que merecia ser aproveitado ainda mais (queria ver se o finado John Hughes tivesse este projeto em mão, o quão bom ele ficaria).
“Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre” encerra uma trilogia que começou com um divertido primeiro longa, de uma forma entediante e repetindo os mesmos erros do seu segundo filme.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.