Crítica - A Sentinela - Engenharia do Cinema
O ano mal começou e a Netflix conseguiu a proeza de nos “presentear” com um dos piores filmes do seu serviço. “A Sentinela” consegue ser uma verdadeira aula de como não fazer um longa, pois o roteiro de Julien Leclercq (que também assina a direção) e Matthieu Serveau nos apresenta uma história sem sentido e motivações piores ainda.
Imagem: Netflix (Divulgação)
A história começa com a militar Klara (Olga Kurylenko) falhando em uma missão (algo habitual deste tipo de filme), então ela acaba indo voltar a viver em sua cidade natal. Lá ela tem uma vida aparentemente normal com a irmã, mas continua trabalhando nas forças especiais. Eis que a mesma acaba sofrendo sérias agressões e vai parar no hospital, fazendo Klara ir atrás dos responsáveis.
Imagem: Netflix (Divulgação)
O que podemos falar deste filme que tem uma premissa conhecida, com duração aproximada de 79 minutos (estou falando sério)? Você percebe que o roteiro tenta jogar diversas coisas sobre a personagem de Kurylenko como ela ser traumatizada pelo evento em campo de batalha, sua homossexualidade e seus laços com a família. Nada acaba sendo bem explorado e tudo parece um monte de informações jogadas ao ar (com direito ao inusitado “pensamento” em transformar o filme em franquia!).
E isso é notório mais ainda pela indignação da própria Kurylenko, cuja atuação está meramente genérica e possui uma notória expressão sem vida (ela ficou com a mesma cara durante toda a produção). Isso sem falar dos vilões, que não sentimos a presença deles terem esta função.
“A Sentinela” consegue ser mais uma vergonha no catálogo da Netflix, que só está fazendo um determinado sucesso por conta do recente “fechamento pela pandemia”.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.