Crítica - A Outra História Americana - Engenharia do Cinema
Considerado um dos maiores filmes de todos os tempos, facilmente podemos definir que “A Oura História Americana” não possui uma época exata para ser embasado ou retratado, pois a crítica que ele faz é conducente com qualquer geração. Estamos falando de uma produção que não apesar critica os pensamentos neonazistas, mas de uma sociedade em geral.
Imagem: New Line Cinema (Divulgação)
A história se passa em duas épocas temporais, onde o neonazista Derek Vinyard (Edward Norton) é preso em flagrante por ter assassinado dois homens que estavam roubando o seu carro. Com notórias atitudes racistas, ele tem sua vida mostrada antes /durante sua prisão e quando ele sai desta.
Imagem: New Line Cinema (Divulgação)
O roteiro de David McKenna é genial no quesito de analisarmos o psicológico de Vinyard e da sociedade negra que convive com ele em seu bairro. Nenhum dos dois lados é visto como certo, e ambos possuem comportamentos racistas e realmente a história não se preocupa em ter um “herói”, mas sim mostrar o quão uma pessoa pode ir longe diante de sua ideologia.
“Ué, mas esse filme é em preto e branco?” Na verdade o diretor Tony Kaye utiliza o recurso para representar o passado (que normalmente são cenas regadas de conflitos raciais e religiosos), enquanto nos dias atuais as cenas são coloridas. Realmente também estamos falando de um filme que se constrói em cima de atuações, ou seja, além do próprio Norton atores como Beverly D’Angelo, Elliott Gould, Edward Furlong e Jennifer Lien possuem momentos chaves e fortes na história (vide a cena do almoço, que é uma das mais fortes da produção).
“A Oura História Americana” é de fato um dos maiores filmes já feitos, pelos quais deve ser conferido pelos cinéfilos pelo menos uma vez na vida.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.