Crítica - O Paraíso e a Serpente - Engenharia do Cinema
Esta é mais uma daquelas minisséries que conseguem pegar o espectador de jeito, após seu segundo episódio. “O Paraíso e a Serpente” foi uma das maiores surpresas no catálogo da Netflix, neste início de ano. Inspirada em fatos reais, a trama se passa entre os anos 60/70 e apresenta a história de um dos maiores procurados daquela época, Charles Sobhraj (Tahar Rahim).
Imagem: Netflix (Divulgação)
Sobhraj sempre viajava com sua esposa (Marie-Andrée Leclerc) e aplicavam vários golpes em casais que estavam viajando à procura de uma melhoria na vida. Após isso, eles sempre assassinavam suas vítimas cruelmente. Ao mesmo tempo acompanhamos a incansável investigação do agente Herman Knippenberg (Billy Howle), que junto a sua esposa Angela (Ellie Bamber) tentavam provar para as autoridades mundiais sobre os crimes de Sobraj.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Dividida em oito episódios com cerca de uma hora cada, confesso que apenas a partir do terceiro a trama começa a engrenar de verdade e nossa atenção consegue ser captada. Embora grande parte da narrativa seja focada em Sobhraj, em momento algum ela o enaltece ou o transforma em vítima, muito pelo contrário, nós conseguimos pegar mais raiva e ódio pelas suas atitudes. A atuação de Rahim realmente consegue transpor o olhar de psicopata e maníaco que este possuía (fazendo a série ser totalmente dele). Em cada situação que ele bate de frente com Herman, nós acabamos comprando e sentindo a angústia que este também sente (algo muito difícil de ver em séries atuais).
Porém como não é tudo às mil maravilhas a direção de Hans Herbots e Tom Shankland erra e feio no quesito de abordagem temporal, pois constantemente ela avança e retrocede os anos e alguns fatos, dentre os episódios e acaba não só confundindo o espectador um pouco, como também tira o nível de tensão que estava sendo criado.
“O Paraíso e a Serpente” vai entrar para os destaques da Netflix, como uma das melhores minisséries do catálogo da mesma e colocará o ator Tahar Rahim como um dos grandes astros do serviço.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.