Crítica - A Batida Perfeita - Engenharia do Cinema
Esta é mais uma daquelas produções extremamente agradáveis, aos quais procuram entreter com um enredo simples e uma boa música. “A Batida Perfeita” foi lançado no Telecine como a grande estreia do mês de março (inclusive faz parte do quadro de exclusivos do serviço, Première Telecine), porém não chega a ser um grande filme e sim um entretenimento pipoca.
Imagem: Universal Pictures (Divulgação)
A história gira em torno de Maggie Sherwoode (Dakota Johnson), que trabalha como assistente pessoal da famosa cantora Grace Davis (Tracee Ellis Ross). Muito amigas, ambas começam a ter conflitos vindo à tona quando a primeira acaba começando a questionar se realmente ela pode ter potencial para ser uma agente de sucesso, quando aparece em sua vida o músico amador David Cliff (Kelvin Harrison Jr.).
Imagem: Universal Pictures (Divulgação)
Aos fãs mais assíduos de Whitney Houston, irá notar que Ross realiza uma divertida homenagem a cantora na concepção de sua personagem. Embora o roteiro de Flora Greeson contribua para isso também (mesmo ele sendo clichê em 90% de sua concepção), sua caracterização fala mais nesta parte (tanto que ela é o destaque da produção). Ela também possui uma boa química e entrosamento com Johnson, que apesar de não ser uma boa atriz, consegue captar o estilo proposto pelo filme.
Outro ponto favorável é a da direção de Nisha Ganatra, que opta por deixar as canções originais do longa sempre fluírem e raramente corta às mesmas com edições bruscas. Fora isso ela é bastante operante no que acontece, mas não a muito do que se dizer, pois estamos falando de um “filme de Sessão da Tarde”.
Com uma boa música e um entretenimento escapista de primeira, “A Batida Perfeita” foi uma grata surpresa que o Telecine nos disponibilizou neste final de março.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.