Crítica - Mate ou Morra - Engenharia do Cinema
Pode-se dizer que “Mate ou Morra” foi uma das grandes surpresas nos cinemas, neste ano de 2021. Sem uma divulgação concreta, muito menos sequer ter sido lançado nos cinemas dos EUA (já que foi adquirido pela plataforma Hulu), no Brasil está sendo distribuído pela Imagem Filmes. Com uma premissa que capta o mesmo estilo de “A Morte Te Dá Parabéns” e “O Feitiço do Tempo“, tinha tudo para ser um mais do mesmo cansativo e previsível.
Imagem: Imagem Filmes (Divulgação)
A história tem início com Roy (Frank Grillo) acordando em seu apartamento com várias pessoas tentando lhe assassinar das mais bizarras formas. Eis que ele revela que já está há vários dias sendo assassinado e renascendo sempre no seu último dia, sem saber o motivo.
Imagem: Imagem Filmes (Divulgação)
Escrito por Chris Borey, Eddie Borey e Joe Carnahan (que também assina a direção), é notório que eles conhecem bem como o cinema já explorou este assunto várias e várias vezes. À partir desta premissa eles conseguem desenvolver o personagem de Grillo de uma maneira, pela qual já gostamos dele em menos de cinco minutos de projeção.
Com divertidas sequências envolvendo os loopings deste, o trio também sabe trabalhar todos os seus coadjuvantes para terem alguma importância na história. Independente da função do personagem, o filme consegue escalar nomes como Mel Gibson, Naomi Watts, Annabelle Wallis, Ken Jeong e Michelle Yeoh, e dar situações divertidas e de extrema importância para trama (algo que raramente tem sido feito em vários filmes).
Com uma premissa conhecida nos cinemas, “Mate ou Morra” consegue surpreender e divertir por saber trabalhar seus arcos e protagonista.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.