Crítica - Velocidade Máxima - Engenharia do Cinema
Lançado em 1994, o longa “Velocidade Máxima” tinha como protagonistas a dupla Keanu Reeves (que na época já era um astro) e uma pouca conhecida Sandra Bullock (em pensar que a ideia original era ter Jeff Bridges e Ellen DeGeneres nestes papéis). Dirigido por Jan de Bont, o filme rendeu cerca de US $350 milhões mundialmente, custando apenas US $30 milhões e logo se tornou um dos maiores sucessos daquele ano (que já nos havia brindado com vários outros clássicos como “Ace Ventura“). Vencedor dos Oscars de Som e Efeitos Visuais, quase 27 anos depois de seu lançamento, ele ainda carrega uma legião de fãs e, sempre merece uma atenção quando nos deparamos com sua reprise na televisão.
Imagem: 20th Century Studios (Divulgação)
A história era bem simples e mostrava a dupla de agentes Jack (Reeves) e Harry (Jeff Daniels), que após falharem na prisão de um perigoso terrorista (Dennis Hooper), descobrem que ele colocou uma bomba relógio em um ônibus municipal. Caso o mesmo diminua a velocidade de 50km ou frear, ele irá explodir. Sem outra escolha, Jack se infiltra no veículo e tenta contornar a situação com a ajuda de Annie (Bullock).
Imagem: 20th Century Studios (Divulgação)
Bont soube dosar todas as cenas de ação no longa, sem apelar para recursos gritantes ou situações envolvendo uma edição porca. Não há cenas de ação que não prendem nossa atenção (mesmo já cientes delas, após vermos inúmeras vezes), pois ele as apresenta do começo ao fim toda a situação apresentada (como a cena do resgate no elevador, que em momento algum intercala com outra cena).
Apesar de todos os atores terem atuações no nível de canastrão, é notória a enorme química entre Bullock e Reeves (que 12 anos depois também estrelaram juntos o romance “A Casa do Lago”) que conseguiram vender o filme também pelos seus carismas. Isso foi comprovado quando o segundo longa foi lançado, e apenas a primeira retornou (já que Reeves optou por estrelar “Advogado do Diabo”), resultando em um enorme fracasso de crítica e nas bilheterias.
“Velocidade Máxima” é um excelente longa de ação, que por mais de ser bastante antigo, jamais deixa de ser uma produção eletrizante e bem realizada.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.