Crítica - Relíquia Macabra - Engenharia do Cinema
Após perder sua estreia nos cinemas nacionais em 2020, por conta da pandemia o terror psicológico “Relíquia Macabra” acabou obtendo o selo “Première Telecine” por ter chegado direto ao catálogo da mesma. Confesso que este é mais uma daquelas produções que tentamos entender para onde vai e acaba chegando em algum lugar. Com direção de Natalie Erika James, podemos dizer que ela é melhor nessa função como roteirista (cargo que ela divide aqui com Christian White).
Imagem: (Divulgação)
Na trama Kay (Emily Mortimer) acaba se mudando com sua filha Sam (Bella Heathcote) para a isolada casa de sua mãe Edna (Robyn Nevin), quando descobre que esta está desaparecida. Após dias procurando por ela, Edna reaparece com vários machucados misteriosos e coisas perturbadoras começam a acontecer no local.
Imagem: (Divulgação)
Embora a trama tenha um roteiro pífio para um enredo de horror com scare jumps e situações banais, como diretora ela sabe trabalhar alguns momentos. Vide uma cena onde ela necessita trabalhar a sensação de claustrofobia (e ela consegue devidamente, com mérito também da atriz Bella Heathcote). Porém ela não consegue dosar o trio central de uma maneira que façamos se importar com eles, muito menos tentarmos conseguir ter interesse pela trajetória dos próprios.
Alguns momentos inclusive, ela ainda ainda mescla dois gêneros e não sabemos se estamos vendo uma produção voltada ao drama ou terror psicológico (este inclusive, é um estilo que dificilmente consegue fazer um filme realmente convincente).
“Relíquia Macabra” chegou ao Brasil na devida maneira que deveria ser lançado desde o princípio: em um catálogo de streaming, para ser visto sem compromisso algum.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.