Crítica - Nem Um Passo em Falso - Engenharia do Cinema
Sendo gravado totalmente após a primeira onda de contaminação na pandemia do coronavírus, “Nem Um Passo em Falso” é o segundo longa de Steven Soderbergh para o serviço HBO Max, após “Let Them All Talk” (estrelado por Meryl Streep). Apesar de “Nem Um Passo Em Falso“, ter um elenco renomado (como quase em todas as produções do cineasta) como Benicio Del Toro, Don Cheadle, Brendan Fraser e Ray Liotta, estamos falando de seu terceiro filme consecutivo com uma qualidade bastante pífia.
Imagem: HBO Max (Divulgação)
A história tem início com os golpistas Curt (Cheadle) e Ronald (Toro) que são contratados por Doug (Fraser) para capturarem um misterioso arquivo com um pacato funcionário de uma agência bancária (David Harbour). Mas após as coisas darem errado, eles descobrem um esquema muito pior.
Imagem: HBO Max (Divulgação)
Soderbergh é um dos poucos nomes da indústria que sempre consegue chamar o elenco dos sonhos pros seus filmes, seja qualquer a premissa. O motivo é bastante simplório: todos os envolvidos possuem alguma função plausível pra trama e aqui este quesito é aplicado com sucesso. Só que o roteiro de Ed Solomon sempre opta por situações bastantes clichês e desinteressantes para apresentar o “determinado motivo”. Até mesmo através da escalação habitual para determinados nomes como John Hamm (o investigador), Toro (o bandido ameaçador) e Ray Liotta (o gangster).
“Nem Um Passo em Falso” mostra que até mesmo o diretor Steven Soderbergh deve tirar um tempo para repensar em como ele realmente deverá tratar seus próximos projetos e onde ele está errando.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
