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Sendo visto como uma possível nova franquia cinematográfica de ação da Amazon Prime Video, “Jolt: Fúria Fatal” possui uma premissa interessante. Só que o roteiro de Scott Wascha beira à preparar um terreno em determinado ponto, ao invés de explorar o arco que estava sendo estabelecido em seu principio.

Imagem: Amazon Prime Video (Divulgação)

A história gira em torno de Lindy (Kate Beckinsale), que desde criança foi diagnosticada com um imenso transtorno violento de raiva. Então ela acaba sendo alvo dos testes com um colete de choque, onde sempre que ela sentir estes sintomas deve apertar um botão para levar o mesmo e a impede de continuar sentindo esses sentimentos. Porém tudo começa a ser abalado quando o seu ficante, Justin (Jai Courtney) é misteriosamente assassinado e ela resolve investigar tudo por conta própria.

Imagem: Amazon Prime Video (Divulgação)

Apesar de Beckinsale já ter se mostrado uma ótima atriz para este tipo de filme anteriormente, não hesito em dizer que se não fosse pelo carisma dela, estaríamos falando de uma bomba prestes a ser explodida. O roteiro de Wascha certamente é um dos principais culpados, pois além dele deixar mais pontas soltas do que abertas (com a ideia de “ah, eu explico na continuação”), o arco final acaba sendo tão preguiçoso que não faz sentido nenhum (o pior é a troca de diálogos entre os envolvidos).

Ele apenas acerta nas situações de raiva pelas quais Lindy passa, onde a direção de Tanya Wexler sabe fazer um jogo legal (inclusive de câmeras). Porém é notório que foi uma tentativa de misturar mesclar os clássicos “Tratamento de Choque” (com Adam Sandler) e “Adrenalina” (com Jason Statham).

Em seu desfecho vemos que “Jolt: Fúria Fatal” será uma das principais franquias da Amazon nos próximos anos e que realmente a plataforma aposta mais nos números que em qualidade.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.