O posicionamento da mulher na sociedade, perante aos desafios impostos em relacionamentos conflituosos e malucos. Esta é a premissa do longa da cineasta dirigida e escrita por Cláudia Jouvin, “L.O.C.A. – Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor”. Contando com a presença da própria Jouvin, da produtora Carolina Jabor, das atrizes Débora Lam, Mariana Ximenes e atores Érico Bras e Luis Miranda, a coletiva para a imprensa ocorreu nesta segunda-feira, 09 de agosto, e nela podemos ouvir um pouco mais à respeito desta nova produção brasileira.

“Este projeto começou há um certo tempo, e procurei a Claudia para conceber este projeto por sentir que tinha muita ligação com ela também. A medida que ele foi avançando, notei que ela tinha de dirigir o projeto, pois ela era uma profissional completa e precisava colocar este olhar dela nestas perspectivas.” alegou a produtora Carolina Jabor.

“Já passei por muitas relações tóxicas e brutais, que me fizeram pensar se estava louca ou não. Como sou contadora de histórias, para mim foi praticamente uma missão contar esse enredo para que lidei com essa situação. Através de uma forma cômica, quis representar que passei por isso e que existe um caminho parar passar desta situação”. Disse a cineasta Cláudia Jouvin, que ainda recordou a situação de várias mulheres que passam por relacionamentos abusivos

“Eu fui estudar cinema, achando que faria animação. Mas no caminho vi que não era necessário se desenhar para contar uma história. E quando comecei a trabalhar com às profissionais de direção de arte, comecei a trabalhar este lado e casar representações do figurino com o cenário. Como por exemplo, uma cena o vestido da Manoela casava com o papel de parede do cenário que estava sedo visto”. Disse Jouvin, sobre como ela usou sua veia clássica de cineasta, para conceber alguns detalhes técnicos no longa.

Imagem: Globo Filmes (Divulgação)

“Todos os personagens do filme tem um perfil diferenciado, e não procurei fazer com que os ‘homens fossem vilões e às mulheres fossem as mocinhas'” comentou Jouvin, sobre a polêmica em torno da proposta do filme dar a entender que o enredo levaria para este caminho em sua narrativa.

“A Carolina [Jabor] e eu, víamos muito memes na internet, além de várias noticias malucas na hora de conceber o roteiro. Estes fatores poderiam trazer uma historia de identificação com muitas mulheres” disse Jouvin. “As comédias românticas mostravam uma realidade que nos fizeram ser mal acostumadas, e acabamos durante muito tempo comprando estas premissas. Mas conforme a vida ia avançando, vimos que isso não era verdade.” Completou.

“Fazer comédia é muito difícil e sou uma profunda admiradora de quem faz, pois eu tenho como um super desafio e agradeço demais a Claudia por ter me ajudado neste processo. Ela está bastante atenta nos meus caminhos, vícios e ela vai abrindo gavetas e tirando coisas de mim que eu não sabia. Estar no set com todos que foram escolhidos com muito carinho, e já entendiam de fazer produções do gênero” Disse Marina Ximenes, interprete da personagem Manoela, que ainda recordou o finado ator Paulo Gustavo “Ele é um simbolo da comédia e do cinema brasileiro, e nos trouxe várias alegrias mesmo nestes dias sombrios.”

“Antigamente não sabíamos que vivíamos um relacionamento tóxico. Hoje nós lemos e procuramos saber mais disso”, completou Ximenes, exaltando o fato das mulheres se manifestarem mais perante a situações complicadas e realmente agressivas em vários namoros e até mesmo em cônjuges.

O filme será disponibilizado no catálogo do Telecine, neste domingo, 15 de agosto.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.