Crítica - Infinito - Engenharia do Cinema

publicado em:31/08/21 5:00 PM por: Gabriel Fernandes CríticasParamount+StreamingTexto

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Após diversos adiamentos e incertezas dentro da Paramount Pictures, o estúdio resolveu suspender a estreia mundial de “Infinito” e transformar em seu primeiro filme original de sua plataforma de streaming, Paramount+. Dirigido por Antoine Fuqua (“Dia de Treinamento“), pensamos estar conferindo uma divertida produção de ação com toques de ficção em um primeiro momento. Mas em certo ponto, pausamos tudo e analisamos os fatos e claramente temos um exemplo de mais outro filme que deve ter sofrido graves problemas de bastidores com executivos, produtores e diretor.

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

Inspirado no livro de D. Eric Maikranz, a história gira em torno de Evan McCauley (Mark Walhberg) que sofre vários problemas psicológicos e não sabe a origem e muito menos o motivo disso tudo ocorrer. Conhecido por ser um ótimo funileiro, ele acaba tendo seu caminho esbarrado com Nora (Sophie Cookson), que alega o fato dele fazer parte de um grupo de pessoas imortais e com habilidades especiais. Porém eles acabam tendo de enfrentar o misterioso Bathurst (Chiwetel Ejiofor), que deseja ter o controle de todos eles e dominar a humanidade.

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

Confesso que nos primeiros minutos consegui ficar entretido e havia comprado a premissa daquele universo que estava sendo construído. Afinal temos boas cenas de ação sendo construídas e situações plausíveis, de início. Só que à partir dos 40 minutos, vemos que a preocupação se torna em transformar tudo aquilo em uma possível franquia, com direito a cenas e arcos serem porcamente cortados e editados (como em uma cena de ação, que é literalmente pausada e colocada uma cena chave, sem explicação alguma de como aquilo aconteceu).

Não vou nem entrar no mérito de como ficaram a abordagem dos personagens, pois enquanto temos um Ejiofor totalmente canastrão, sentimos que os arcos de Cookson e Walhberg ficam cada vez mais forçados e chulos (onde mesmo com balas alojadas, sangue adoidado escorrendo, e quase desmaiando, eles lutam como um Mike Tyson e correm como um Tom Cruise).

Infinito” acaba sendo um mero filme de streaming, que conforme o tempo for avançando, será esquecido por todos. Sem dúvidas.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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