Crítica - Mais Que Vizinhos: Amigos - Engenharia do Cinema

publicado em:7/11/21 10:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasFilmesNetflixTexto

Esta agradável produção francesa chegou recentemente ao catálogo da Netflix, e vem chamando atenção de muitos por conta de um fator bastante simples: a vida de moradores durante o período de quarentena na pandemia (onde todos nós acabamos de passar recentemente). Dirigido pelo comediante Dany Boon, que também cuidou do roteiro com Laurence Arné (que curiosamente interpreta sua esposa aqui), vemos que ele soube como estabelecer uma sátira de vários perfis que vimos durante este período. Sim, esta é a primeira de muitas destas produções que virão daqui para a frente.

Imagem: Netflix (Divulgação)

A história é exatamente o que foi dito acima, onde não há um “roteiro” podemos dizer, pois acompanhamos a rotina dos moradores de um prédio durante o lockdown francês. Entre estes há o hipocondríaco Martin (Boon), que vive com sua esposa Claire (Laurence Arné) e filha; O jovem casal Aghate (Alison Wheeler) e Samuel (Tom Leeb), onde enquanto ela está prestes a dar a luz, ele vive dando aulas de exercícios através de lives diárias; O proprietário do local, Tony (François Damiens) e seus dois filhos; O médico Gabriel (Yvan Attal), que insiste que está prestes a alcançar a vacina do COVID-19; E o zelador Diego (Jorge Calvo), cuja esposa está internada no hospital com o coronavírus.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Apesar de nos primeiros minutos muitas situações causaram enorme riso no espectador (afinal, qualquer um consegue se identificar com pelo menos uma das coisas mostradas ou conhecerem pessoas parecidas), não diria que era uma produção para se ter quase 130 minutos. É quando reparamos que o roteiro acaba reprisando algumas situações e piadas, para esticar até a metragem desejada (certamente por alguns dos produtores). Se tivesse 30 minutos a menos, seria mais introspectivo para o público.

Só que este detalhe não acaba sendo prejudicial, pois Danny guia a narrativa como se fossem várias esquetes interligadas pelo cenário e o próprio lockdown. E pasme, todas elas funcionam! Porque parece que a escalação foi composta por atores que já eram amigos fora das câmeras (os que não eram, certamente tiveram uma relação ótima nos ensaios). E quem acaba saindo ganhando, é o próprio espectador, que consegue facilmente comprar as histórias que acontecem naquele prédio.

Pode-se dizer que “Mais Que Vizinhos: Amigos“, acaba se tornando uma das primeiras divertidas comédias que giram em torno de acontecimentos durante o lockdown.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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