Como foi conferir "Harry Potter e a Pedra Filosofal" novamente nos cinemas - Engenharia do Cinema
Para quem já conhece meus textos e me conhece pessoalmente, sabe que adoro o universo de Harry Potter e tento absorver tudo que é possível desse mundo. Já li todos os livros duas vezes (exceto o roteiro da peça de teatro), assim como os Contos de Beedle, o Bardo e Quadribol através dos Séculos (só não li o livreto do Newt Scamander), joguei vários jogos, fiz várias gameplays, tenho todos os oito filmes da saga principal e os dois de “Animais Fantásticos”. Mas não vim falar disso, mas como foi a minha experiência em rever “Harry Potter e a Pedra Filosofal” no cinema depois de 20 anos.
A primeira vez que tive contato com “Harry Potter” foi com os livros que eu tinha ganhado com 10 anos, mas que nunca peguei para ler, depois veio o trailer de “A Pedra Filosofal”, eu queria logo ver o filme, mas não sabia direito do que se tratava, na época eu detestava ler. Só comecei a ler Harry com 14 anos, antes do lançamento de “Harry Potter e o Cálice de Fogo”. Não assisti ao filme no dia que lançou, mas sim posteriormente com o meu pai (e na versão dublada). Lembro que quando terminou o filme com o Hagrid se despedindo de todos (querendo ou não ele estava se despedindo de nós também), eu falei para o meu pai se “podíamos assistir de novo?”. Eu já me encantei com este universo mágico a partir daí.
Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)
Depois de 20 anos, fizeram a versão 3D do filme, na maior parte não percebi muitas mudanças. Porém os arcos mais gritantes para mim foram na partida de Quadribol e no desafio de xadrez no alçapão. Vale destacar que por conta da tecnologia, a cena da partida ficou bem mais realista e emotiva (principalmente pela forte interação promovida pelo pomo de ouro, que “passeava pela sala de cinema”), acabando ficando mais imersiva e me fez pensar que seria fantástico se isso existisse de verdade.
Rever ao filme no áudio original foi impagável, pois temos atores que já faleceram, que são Richard Harris (o primeiro intérprete de Dumbledore, que veio a falecer de câncer, em 2002, um mês antes do filme “Harry Potter e a Câmara Secreta” se lançado nos cinemas), Richard Griffiths (o tio Válter), John Hurt (o senhor Olivaras), Elizabeth Spriggs (a atriz do retrato da “Mulher Gorda”) e Alan Rickman (o professor Snape). Ouvir suas vozes, mesmo depois de falecerem, mantém um pedaço de suas vidas preservadas nas memórias dos fãs novos e principalmente dos antigos.
Para mim, foi uma experiência imperdível ter assistido novamente ao filme no cinema, depois de exatos 20 anos. Principalmente por ter compartilhado a experiência com os fãs mais novos que não tiveram esse privilégio de terem visto o primeiro Harry Potter nos cinemas.
Guilherme Pitta: Fã de “Harry Potter” e o “O Senhor dos Anéis”, resolveu apresentar seu conhecimento técnico nestas obras e na literatura em geral.