Crítica - La Casa de Papel Coréia (1ª Temporada) - Engenharia do Cinema

publicado em:3/07/22 6:56 PM por: Gabriel Fernandes CríticasNotíciasSéries de TVTexto

Após o desfecho da série “La Casa de Papel“, era certo que a Netflix iria sugar a marca ao extremo com spin-offs e mais conteúdos que usufruem ainda mais da marca. Então, na primeira oportunidade, o serviço anunciou as séries “La Casa de Papel: Berlim” e este “La Casa de Papel Coréia“. Aproveitando que as produções sul-coreanas estão em alta na plataforma e na cultura pop (ainda mais com o sucesso recente de “Round 6“) , o serviço escolheu logo esta nacionalidade para ser a primeira a realizar um reboot da sucedida produção espanhola.    

Imagem: Netflix (Divulgação)

Apesar do escopo ser exatamente o mesmo da produção original, agora o arco tem início com a queda da ditadura comunista na Coréia do Norte, o que fez com esta se juntar com a Coréia do Sul e se tornarem uma única nação. Em meio ao cenário conflituoso em todos os aspectos, a astuta ex-militar Tokyo (Yoo Ji-tae) acaba esbarrando com o misterioso Professor (Yoo Ji-tae), que lhe convence a participar do seu grupo mirabolante de assaltantes, para executarem um roubo milionário na Casa da Moeda Coreana.    

Imagem: Netflix (Divulgação)

Francamente é difícil você absorver e comprar um remake de uma série que se encerrou há menos de um ano. Apesar da produção criada por Álex Pina ter sido enrolada pela Netflix, por mais três anos além do original (já que ela foi concebida como uma minissérie televisiva, para uma emissora da Espanha), o diretor Hong-sun Kim estava ciente que poderia melhorar algumas coisas em se projeto em relação ao original. Seja na direção em algumas tomadas de ação ou até mesmo em “cortar” algumas enrolações desnecessárias (pelas quais só serviram para deixar a produção mais extensa).

Só que nem tudo é suficiente para justificar a existência desta produção, pois tudo é meramente uma cópia barata e apenas adaptada ao contexto coreano. Sejam piadas, enquadramentos e até mesmo falas, são repetidas de maneira abrupta (inclusive, alguns atores bebem bastante dos intérpretes espanhóis). Não foi criada uma alma que nos faça se importar com esta nova produção.    

La Casa de Papel: Coréia” acaba se tornando uma mera cópia da produção original, mas ainda sim consegue arrumar os erros que haviam naquela.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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