Crítica - Luck - Engenharia do Cinema

publicado em:12/08/22 10:00 AM por: Gabriel Fernandes Apple TV+CríticasStreamingTexto

Após a saída de John Lasseter da Disney/Pixar em 2018, o mesmo acabou indo parar no comando da divisão de animação da Skydance Animation, que na época estava nascendo. Como seu primeiro longa metragem neste, “Luck” foi lançado pela Apple TV+ e desde os primeiros momentos do longa vemos que o veterano levou consigo o “padrão Disney de qualidade” (já que a casa do Mickey não tem produzido nada relevante no estilo, nos últimos anos).

Imagem: Apple TV+ (Divulgação)

A história gira em torno de Sam Greenfield, uma jovem que acaba de alcançar a maior idade e por isso teve de sair do seu orfanato onde estava, tendo de começar uma nova vida sozinha. Após diversos desastres em seus primeiros dias, ela acaba descobrindo uma moeda dourada que lhe fornece bastante sorte e ao perdê-la, acaba descobrindo que ela era um amuleto do gato Bob. Este então a leva para um mundo paralelo, onde gatos e outros animais controlam a sorte e azar da humanidade.   

Imagem: Apple TV+ (Divulgação)

É inevitável que o roteiro de Kiel Murray (que roteirizou animações da Disney como “Raya e o Último Dragão” e “Carros”) acabe lembrando demais as animações “Divertida Mente” e “Soul“, embora estarmos falando de estilos totalmente diferentes. E é nítido que a pegada consegue ser a mesma das clássicas produções da Disney, uma vez que Lesseter sabe qual fórmula o público gostaria de ver em cena.

Um fator considerável é a enorme química e desenvolvimento de Sam e Bob, que conseguem cativar a atenção do espectador em poucos minutos em cena. Só que isso é prejudicado pelo fator que não sentimos uma ameaça para a dupla, já que o próprio roteiro busca soluções fáceis e até mesmo chulas para situações para desenvolverem potenciais vilões (chega a ser engraçado uma delas ter sido resumida a uma conversa com menos de um minuto).

Embora a direção de Peggy Holmes (que comandou vários spin-offs da “Sininho” para a Disney) saiba ser operante, não existem detalhes importantes no design da produção e dos personagens (como a Disney anda apresentando), mas são operantes dentro do contexto.   

Luck” acaba se tornando um ponta pé inicial positivo, em relação a divisão de animação da Skydance Animation e da Apple TV+. Por mais animações nesta pegada.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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