Crítica - O Homem de Toronto - Engenharia do Cinema
É inegável que Kevin Hart é realmente um dos grandes nomes da comédia, e quando divide a cena com algum ator eclético como Woody Harrelson, coisa boa pode sair. Previsto para ser lançado nos cinemas mundiais ainda neste ano, foi adquirido pela Netflix (devido ao nome de Hart estar em alta no serviço, inclusive) e disponibilizado nas últimas semanas pelo serviço. Apesar de se assemelhar com outros filmes do gênero (até mesmo “Um Espião e Meio“, estrelado pelo próprio Kevin Hart e Dwayne Johnson), conseguimos dar boas risadas devido a química e notória liberdade da dupla em fazer comédia.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
A história gira em torno do pacato Teddy (Hart), que após ir “acidentalmente” a mesma casa de veraneio onde o temido assassino de aluguel, conhecido como Homem de Toronto (Harrelson), acaba sendo confundido com o mesmo, tendo de trabalhar para CIA, com o intuito de impedir uma complexa ação terrorista. Só que no meio da confusão, ele acaba se juntando ao próprio assassino e eles acabam trabalhando em conjunto.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
O roteiro de Robbie Fox e Chris Bremner não nos apresenta nada de novo, pois em quaisquer filmes do estilo conseguimos tirar as mesmas piadas e até mesmo “ploats”. Porém, estamos falando de um projeto que funcionou por conta da parceria entre a dupla de protagonistas, que possuem química e sabem fazer rir até nas cenas mais constrangedoras o possível (vide a hilária discussão sobre linguagem neutra, no meio de um clima de tensão).
Embora Hart esteja no automático (uma vez que a maioria dos seus personagens são todos iguais), Harrelson está bem a vontade na brincadeira (já que ele viveu inúmeros assassinos nos cinemas, mas sempre com pegadas mais sérias).
Por se tratar de um projeto originalmente direcionado para os cinemas, não há tanta violência como deveria ter (já que uma das melhores piadas tiveram o sangue “cortado”), assim como algumas tomadas de ação realmente bem realizadas (uma vez que o diretor Patrick Hughes já tenha comandado “Os Mercenários 3” e os dois longas de “Dupla Explosiva“, e em muitos deles foram usadas a tela verde por conta do “baixo orçamento”, para serem gravados pela Europa afora).
“O Homem de Toronto” consegue ser uma grata surpresa no catálogo da Netflix, que consegue entreter e tirar umas boas risadas, na medida certa.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.