Crítica - Terra dos Sonhos - Engenharia do Cinema
Se tem um estilo que cada vez mais o cinema tem deixado de lado em termos de qualidade, é o de fantasia. Sempre deixando o foco em cima de adaptações literárias e de histórias em quadrinhos, raramente vemos uma obra original, que tenha sido concebida. Estrelada por Jason Momoa, “Terra dos Sonhos” chega para quebrar este paradigma, mesmo bebendo bastante de clássicos escopos já conhecidos do grande público.
Imagem: Netflix (Divulgação)
A história mostra a adolescente Nemo (Marlow Barkley), que após perder seu Pai (Kyle Chandler) acaba tendo de morar com seu tímido e acanhado tio (Chris O’Dowd). Mas em sua primeira noite na residência do mesmo, ela acaba sendo levada para um universo repleto de magia e é apresentada ao excêntrico Flip (Jason Momoa), que está vivendo há anos no local e lhe pede para ajudar a chegar em um local onde os sonhos mais profundos se tornam realidade.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Após ter comandado a maioria dos filmes de “Jogos Vorazes” e “Constantine” (inclusive, ele se prepara para comandar o segundo), o diretor Francis Lawrence já deixou claro que ele entende de comandar o gênero e sabe lidar com o fator “não deixar o CGI guiar totalmente a história” (apesar do mesmo estar relativamente bem feito). Em quase duas horas de duração, facilmente ele consegue cativar o seu público por simplesmente apelar a um tópico delicado, que o próprio cinema não tem conseguido retratar com tanto cuidado como antes: o luto.
Em menos de 20 minutos de projeção, conseguimos comprar a personagem Nemo e o quão tem sido complicado aceitar o que acabou de ocorrer em sua vida (que foi a perda de seu Pai). Embora seu contraponto seja um Momoa totalmente envergonhado de estar lá (uma vez que ele deve ter aceitado este papel por conta de seus filhos e um ótimo cachê), o destaque acaba caindo sobre a própria Barkley e até mesmo O’Dowd (que mesmo conhecido por grandes comédias, tem aqui uma das suas maiores interpretações dramáticas).
“Terra dos Sonhos” acaba se tornando uma agradável surpresa, e acaba se tornando um lindo e emocionante filme, sobre como se deve lidar com o luto, nos momentos mais complicados da vida.
Compre pela Amazon através de nosso link e já estará ajudando o Engenharia! Clique Aqui.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.