Crítica - Aftersun - Engenharia do Cinema
Vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cannes deste ano, “Aftersun” é mais um título que facilmente entra na leva de produções que irão sempre ser lembradas por se tratarem de um “diário de vida”, do seu protagonista. Escrito e dirigido por Charlotte Wells, temos uma produção que obviamente não teve uma história complexa, e aparentemente muito menos um roteiro.
Imagem: MUBI (Divulgação)
A história mostra Calum (Paul Mescal) e sua filha Sophie (Frankie Corio) durante uma viagem anos atrás, quando ela tinha 11 anos, e como o período serviu para ela refletir sobre a personalidade de seu Pai.
Imagem: MUBI (Divulgação)
Wells opta por deixar a trama sendo retratada como um diário, e não deixa explicito algumas situações delicadas mostradas em seu enredo. Temas como depressão, alcoolismo e sexualidade, são retratados de forma “natural” (o que resultam em um choque momentâneo, datado o que havia sido mostrado um pouco antes).
Outro tópico bastante inteligente por parte dela, é a utilização de objetos, que servem como um verdadeiro quebra-cabeças, pelos quais posteriormente farão parte da história, para indiretamente mostrar como a situação X está atualmente. E para conseguir apresentar este parâmetro com sucesso, as atuações de Mescal e Corio estão excelentes, e realmente transparecem serem mesmo Pai e Filha (inclusive, esta merecia ser indicada ao Oscar).
“Aftersun” realmente é uma verdadeira aula de cinema, e mostra que é possível tirar uma história humana, sensível e até mesmo impactante.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.