Crítica - Re/Member - Engenharia do Cinema
Não é de hoje que o cinema oriental tem ganhado um enorme destaque, e que este tipo de conteúdo está se transformando no carro chefe da própria Netflix. Lançado nos cinemas japoneses em outubro de 2022, e adquirido por esta para distribuição mundial em sua plataforma, o longa de horror trash “Re/Member” nada mais é que uma história que mescla os sucedidos “Feitiço do Tempo“, “A Morte Te Dá Parabéns” e até mesmo o nacional “Exterminadores do Além” (que fez bastante sucesso por lá).
Imagem: Warner Bros Pictures/Netflix (Divulgação)
A história mostra um grupo de estudantes que misteriosamente ficam vivendo o mesmo dia em sua escola. Então eles descobrem que para conseguirem sair deste looping infinito, terão de encontrar as partes do corpo de uma menina que foi assassinada há anos, e deixar estas juntas em seu caixão. Ao mesmo tempo que terão de fugir de uma versão demoníaca e psicopata desta.
Imagem: Warner Bros Pictures/Netflix (Divulgação)
O roteiro da dupla Katsutoshi Murase e Welzard (que são responsáveis pelo Mangá que inspirou o longa) tenta conduzir a história como se fosse uma espécie de Dorama (nome dado as telenovelas/seriados orientais), em sua plenitude (por conta de suas tonalidades mais claras na fotografia, e com arcos que inclusive remetem uma novela). Quando a trama parte para o espectro de horror, é nítido que os produtores tiraram uma parte da brutalidade (que é o carro chefe do gênero, em produções japonesas) em algumas mortes, mesmo com algumas delas o diretor Eiichirô Hasumi tenha conseguido mostrar.
Embora o quebra-cabeça pelas partes da menina, consiga prender a atenção e interesse do espectador, os próprios personagens sequer são convincentes a ponto de torcermos por eles. Inclusive, o ato final chega a ser o cúmulo da burrice em vários aspectos (tanto que acabamos torcer para que todos morram, de tamanhos descuidos que o roteiro coloca os próprios). Isso acaba pesando um pouco no resultado final, que consequentemente se torna previsível.
“Re/Member” termina sendo mais uma adição japonesa no catálogo da Netflix, que fará um sucesso plausível nesta sua época de lançamento e depois cairá no esquecimento rapidamente.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.