Crítica - Power Rangers: Agora e Sempre - Engenharia do Cinema
Não é novidade que o seriado “Power Rangers” é um dos mais sucedidos da história, pois desde sua criação em 1993, houveram várias versões do seriado e uma legião de fãs que vem crescendo a cada ano (principalmente com a constante presença de atores do mesmo, que fazem visitas em vários países, inclusive no Brasil, em diversos eventos Geek).
Em comemoração aos 30 anos da criação da franquia e com uma ausência de uma continuação do longa de 2017, a Netflix realizou em parceria com a Hasbro (que detém os direitos do selo, atualmente) um especial para presentear os fãs com louvor. Porém, como todos estes sabem, as produções de “Power Rangers” ficaram famosas por conta de sua trasheira em todos os sentidos (que vão de atuações canastronas, direções péssimas e cenas de lutas aleatórias), e este especial de 50 minutos está carregado disso.
Imagem: Netflix (Divulgação)
A história tem início com os Rangers enfrentando a perigosa vilã Rita Repulsa, que conseguiu fugir de sua prisão onde estes lhe colocaram. Após ela conseguir derrotar estes e assassinar a Ranger Amarela, estes ficam durante um ano desligados do mundo. Porém, quando descobrem que ela está voltando e pretende se apoderar do poder de todos os Rangers, eles descobrem que devem voltar a ação.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Chega a ser engraçado conferir ao especial, com uma mente totalmente voltada aos quesitos técnicos (como ocorreu com este que vos fala), uma vez absolutamente tudo chega a beirar o ridículo. Seja a mixagem e edição de som que em momento algum consegue entrar em um “acordo” (inclusive nas falas do Ranger Azul, vivido por David Yost, fica nítido que ela nunca consegue casar com os lábios do próprio), a carga dramática na atuação de Charlie Kersh (intérprete da filha da Ranger Amarela, Minh Kwan) beirar ao bizarro e o figurino que parece ter sido tirado de uma promoção da 25 de março.
Mas como toda produção de “Power Rangers” ficou famosa por estes quesitos, facilmente posso dizer que “ficou tão ruim, que terminou sendo um ótimo especial!”. E não estou brincando ao alegar isso, inclusive por ver que o único ator a levar tudo a sério, seja o interprete do Ranger Preto, Walter Jones (que constantemente vem ao Brasil e sempre esbanjou a felicidade de trabalhar na franquia).
Outro grande acerto é a breve, mas emocionante, homenagem aos finados atores Jason David Frank (interprete do Ranger Verde de 1993 até 2018) e Thuy Trang (a Ranger Amarela, que inclusive é saudada durante o enredo principal do especial).
“Power Rangers: Agora e Sempre” acaba sendo uma divertida homenagem ao consagrado seriado, onde realmente apesar de ser bastante curta, consegue arrancar até lágrimas do fã mais simplório.