Crítica - Desaparecida - Engenharia do Cinema
Após o estrondoso e inesperado sucesso de “Buscando…“, em 2018 (custou US$ 880 mil, rendeu cerca de US$ 75.2 milhões mundialmente), era óbvio que a Sony Pictures iria investir em uma continuação. Embora não continue os eventos do citado, “Desaparecida” mostra um outro caso de desaparecimento, mas na mesma pegada de narrativa, pela qual acompanhamos tudo na tela de um computador, por intermédio de chamadas de Skype, WhatsApp, sites e até aplicativos desktop.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
Após perceber que sua mãe Grace (Nia Long) não retornou de uma viagem para a Colômbia, com o novo namorado, June (Storm Reid) começa uma enorme busca pela própria, mas direto dos EUA. Este é o típico suspense, onde quanto menos soubermos do enredo, será melhor.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
Um mérito deste projeto, são os roteiristas Will Merrick e Nick Johnson (que também assinam a direção) estarem cientes das novas possibilidades que poderiam ser feitas neste projeto, e que fossem além do que já deu certo no antecessor (que são os populares plot-twist). Como o cenário de comunicação da internet evoluiu bastante, desde o lançamento do original, agora existem novas redes, maneiras e canais que June utiliza na busca de sua mãe.
E realmente Reid consegue exercer várias tonalidades diferentes em sua interpretação, principalmente nas cenas que exigem uma carga dramática mais densa. O mesmo pode-se dizer de Joaquim de Almeida (“Velozes e Furiosos 10”), que facilmente consegue conquistar o espectador por conta do nítido carinho que ele aparenta ter com a citada.
“Desaparecida” foi uma grata surpresa neste ano, e consegue ser muito mais audaciosa e original com relação ao longa antecessor.