Crítica - Jogo Perfeito - Engenharia do Cinema
Depois de vários projetos de qualidade duvidosa, e alguns apenas realizados por conta das amizades fora das telas (como foi em “Thor: Amor e Trovão”), Russell Crowe não só resolveu voltar a função de diretor, produtor e roteirista, como também de protagonista deste drama totalmente patético e mal idealizado. Sim, “Jogo Perfeito” só consegue ter este rótulo em seu título, pois estamos falando de uma trama com 90 minutos, que tenta ser de tudo, menos um bom filme.
Imagem: Screen Media (Divulgação)
A história gira em torno do bilionário apostador Jake Foley (Crowe), que resolve reunir os amigos de velha data para uma partida de Poker, onde muitas coisas começam a ser reveladas.
Imagem: Screen Media (Divulgação)
Desde os primeiros minutos, fica perceptível que Crowe tentava executar alguma coisa poética ou que fizesse jus ao seu pensamento filosófico (uma vez que ele tenta a todo custo tirar o máximo de analogias de uma cachoeira). Isso quando ele não sabe fazer enquadramentos justos, em algumas horas (onde sempre foca na cara do ator, depois corta para movimentos com as mãos, em objetos), e isso demonstra a falta de treinamento do próprio.
Porém, ficou nítido que houveram algumas desavenças com Stephen M. Coates (o outro roteirista do longa), já que da metade pro final, o dramalhão tenta abrir espaço para o suspense e até mesmo ação (por incrível que pareça, e olha que o próprio se passa em cenários diminutos).
E quando não parecia piorar, ainda somos brindados com atuações não só canastronas do próprio Crowe, como dos seus amigos Liam Hemsworth, Elsa Pataky (irmão e esposa de Chris Hemsworth), do rapper RZA e da novata Molly Grace (que interpreta a filha do primeiro, e é porcamente retratada).
“Jogo Perfeito” termina não sendo um filme que não faz nem um pouco jus ao seu nome, como também um péssimo sinal na carreira de Russell Crowe.