Crítica - Treze Dias que Abalaram o Mundo - Engenharia do Cinema
Um dos maiores problemas já enfrentados pelo cenário global, que quase extinguiram a humanidade, foi a “Crise dos Misseis”, em outubro de 1962, quando Che Guevera e Fidel Castro estavam prestes a apontar para os EUA e o mundo, misseis com bombas de hidrogênio (como resposta a uma péssima gestão sociopolítica que estava ocorrendo entre eles e a União Soviética), que poderiam acabar com grande parte do mundo. Embora não detalhe muito o antes dessa situação toda, “13 Dias Que Abalaram o Mundo“, tem como foco mostrar como os EUA conseguiram negociar e reaver esse cenário.
Imagem: Europa Filmes (Divulgação)
Inspirado no livro de Ernest R. May e Philip D. Zelikow, a trama tem como foco os desdobramos do Governo do Presidente Kennedy (Bruce Greenwood), e seus conselheiros, liderados por Kenny O’Donnell (Kevin Costner), conseguiram entrar em um acordo com a União Soviética e Cuba, para inibirem o maior acidente da história. Ao mesmo tempo que tinham de bater de frente com opositores políticos, militares e ativistas políticos, que só se interessavam pelos seus propósitos.
Imagem: Europa Filmes (Divulgação)
Assim como vários filmes políticos, o roteiro de David Self (“Estrada Para a Perdição“) não se preocupa em explicar o que houve antes desse cenário caótico, e sim já colocar o espectador dentro da parte política daquela época. Diferente de longas como “Matinee” (que explora o lado cômico e inusitado da ocasião), nós não vemos como a população mundial estava reagindo à situação de não saber se iriam viver na próxima hora.
Em um ritmo acelerado, o diretor Roger Donaldson (“Efeito Dominó“) procura apresentar todos os desdobramentos dessa situação, dentro da Casa Branca, e como todos ali (inclusive o próprio Kennedy) estavam incertos sobre o que iria ocorrer a seguir. Ele só peca em colocar alguns arcos distintos em preto e branco (que no fim das contas, não se decide o verdadeiro intuito do recurso, em quesito técnico)
Embora todos já sabemos o desfecho dessa situação (se não, esse filme sequer existiria), o enredo consegue cativar o espectador por sempre colocar em pauta o quão era difícil conseguir arquitetar uma solução para o caso, pois o cenário não só ficava caótico no mundo, como também na política estadunidense (onde muitos tentaram até “passar a perna” no Presidente Kennedy, que foi salvo várias vezes por Kenny).
“13 Dias Que Abalaram o Mundo” é um interessante longa político, que conta de forma sutil, como foram os bastidores de uma das situações mais polêmicas e delicadas, que o mundo já viveu, e que atualmente a história tenta apagar.