Crítica - Jury Duty - Engenharia do Cinema
Sendo lançada de forma bastante discreta na plataforma do Prime Video, “Jury Duty” é um misto de documentário com comédia, sendo criada pela dupla Lee Eisenberg e Gene Stupnitsky (da série “The Office“), e não hesito em dizer que temos uma das mais originais e divertidas produções feitas nos últimos meses. Com uma ideia bastante inusitada, temos um produto que funcionará ainda mais se você não ler sobre detalhes da produção, antes de conferi-la (como foi o meu caso, por tanto, fiquem tranquilos, pois não irei dar spoilers).
Imagem: Amazon Prime Video (Divulgação)
A série tem como intuito pegar uma pessoa comum (Ronald Gladden) e colocá-la como protagonista de um documentário sobre os bastidores de um julgamento, na perspectiva do júri popular. Porém, várias coisas aleatórias e malucas vão ocorrendo, pelo fato dos outros membros do júri serem atores, principalmente o já conhecido James Marsden (“Sonic: O Filme“).
Imagem: Amazon Prime Video (Divulgação)
Dividida em oito episódios com cerca de 30 minutos cada, a série procura tirar humor nas situações mais humanas o possível, como no caso de uma senhora (Susan Berger) que sempre acaba dormindo no Juri (e ainda continua alegando que não fazia isso), um jovem nerd (Mekki Leeper) cuja namorada disse que ia viajar sem ele, e as peripécias do ator James Marsden (que nitidamente está se divertindo, interpretando uma sátira dele mesmo), para conseguir sair da bancada do juri.
O mais engraçado de tudo, é ver que por mais que as situações mostradas sejam totalmente bizarras, a calma e serenidade de Gladden (que não é ator), seja a ser um dos grandes destaques da atração ter dado certo (inclusive, recomendo não procurarem mais saber sobre isso, antes de conferir a atração). Principalmente em situações que se passam fora do tribunal (como uma visita a fábrica onde ocorreu o incidente do julgamento), o riso chega a ser iminente (por conta do carisma das pessoas que estão ao seu redor).
“Jury Duty” consegue ser uma verdadeira aula de como inovar no humor e nas atrações do gênero, em um cenário onde o mercado está cada vez mais receoso com a cultura do cancelamento.