Crítica - Sex Education (4ª Temporada) - Engenharia do Cinema
Em uma recente entrevista a divulgação do longa “Emily“, a atriz Emma Mackey (interprete da personagem Maeve), disse que não iria voltar para “Sex Education“, pois esta quarta temporada seria sua última. Porém, quando a Netflix não só confirmou isso, também deixou claro que a atração iria se encerrar neste mesmo ano, e a sensação momentânea foi “eles vão terminar na hora certa”. Após ter conferido a própria (e ter chorado horrores perto do final), a conclusão minha final foi exatamente essa.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Dividida em oito episódios, essa nova temporada começa quando os alunos do Colégio Moordale são transferidos em maioria para o Colégio Cavendish. Só que todos ficam assustados não só do local ser totalmente o oposto da outra escola, como também Otis (Asa Butterfield) se vê em uma situação mais delicada ao ter de encarar um relacionamento a distância com Maeve, ao mesmo tempo em que tenta colocar seu tratamento de terapia intima, em um cenário onde ele descobre não ser o único na função.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Dificilmente conseguiremos ver sair da própria Netflix, uma série que consegue explorar devidamente seus personagens e humanizar quaisquer de seus problemas. É inevitável nos sentirmos íntimos ainda mais de Otis, Maeve, Eric (Ncuti Gatwa), Ruby (Mimi Keene), Adam (Connor Swindells), Aimee (Aimee Lou Wood), Jean (Gillian Anderson) e Michael (Alistair Petrie), e torcermos para eles terem um desfecho justo, durante quase toda a temporada.
Porém, a parte incrível chega a ser o tratamento no roteiro com alguns personagens como o cadeirante Isaac (George Robinson), que nos pegávamos odiando o próprio até então, mas agora a forma como o texto lhe humaniza ainda mais, acabamos torcendo positivamente para ele (também há mérito do próprio Robinson nisso).
Só que um descuido que o enredo faz neste novo ano é tentar criar algumas subtramas, com novos personagens e que se tivessem sido tirados, não iriam fazer diferença alguma, de tão inócuos que acrescentam para a narrativa. Com exceção de Thaddea Graham (que interpreta O), que chega até mesmo a roubar a cena e se torna aos poucos a grande antagonista da temporada.
Em seu desfecho, a série “Sex Education” nos entrega não apenas algumas surpresas, como também termina fazendo uma analogia que nos faz ficaríamos ainda mais felizes, por conseguirem transpor perfeitamente o que é a vida.