Depois do término da horrenda trilogia ‘365 Dias’, a Netflix começou a criar novas versões daquilo que se tornou um pesadelo em termos de qualidade, mas uma dádiva para os fãs do público de produções do estilo softporn. Adaptando um conto erótico escrito por Sue Hecker, ‘O Lado Bom de Ser Traída’ se vendeu como sendo ‘o filme que mostrará Giovanna Lancellotti em cenas de sexo ardentes’. Ao conferir o próprio, a única coisa que esta produção tem a oferecer é isso, uma vez que nada aqui faz sentido algum.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Após descobrir que estava sendo traída pelo seu noivo (Micael), Bárbara (Giovanna Lancellotti) repara que é a hora de ter uma vida mais radical. Neste contexto, ela acaba conhecendo o misterioso Marco (Leandro Lima), por quem acaba se envolvendo em uma relação regada a muito sexo. Só que a medida que isso avança, coisas perigosas começam a surgir.

Imagem: Netflix (Divulgação)

O roteiro de Davi Kolb e Camila Raffanti em momento algum se preocupa em exercer uma trama que faça algum sentido diante do que é apresentado. Já começamos com uma cena de sexo com menos de 30 segundos, apenas com o intuito de falar o quão o noivo de Bárbara não liga para ela (enquanto quando estamos com Marco, elas duram mais de quatro minutos). Isso quando o texto arruma situações e contextos aleatórios, para tirar alguma atitude de cunho sexual (não irei entrar em spoilers, mas isso é mostrado nos primeiros 20 minutos).

Com muita base em longas como ’50 Tons de Cinza’ e ‘365 Dias’ (que já são duas grandes porcarias do cinema), esse não foge muito neste quesito de qualidade (mas pelo menos, não há diálogos vergonhosos e cenas como a envolvendo sexo oral com uma aeromoça, em pleno voo). Sim, não há química entre Lancellotti e Lima, pois nitidamente a dupla não estava à vontade neste tipo de papel.

‘O Lado Bom de Ser Traída’ é mais uma bomba que chegou ao catálogo da Netflix, envolto a polêmicas do enredo e que independentemente, será esquecida em menos de algumas semanas.