Crítica - Sly - Engenharia do Cinema
É inegável que um dos maiores astros de Hollywood é Sylvester Stallone. Com uma grande trajetória de vida, sendo responsável pela criação das franquias ‘Rocky Balboa’, ‘Rambo’ e ‘Os Mercenários’, além de ter estrelado vários filmes que foram sucesso de bilheteria (como ‘Risco Total’), foi uma questão de tempo até resolverem realizar um documentário sobre tudo isso.
‘Sly’ foi feito no embalo da minissérie documental ‘Arnold’ (sobre a trajetória de Arnold Schwarzenegger), embora seja no formato de um breve longa-metragem, o foco do cineasta Thom Zimny é mostrar fatos não conhecidos, de passagens já conhecidas de Stallone. Só que o resultado acaba sendo um pouco aquém do previsto.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Tendo como ponto de partida seu nascimento, até os dias atuais, acompanhamos a trajetória de Sylvester Stallone desde quando era um mero desconhecido, quando aos poucos começou a se envolver com cinema por conta de sua paixão na área, sua complicada relação com seu Pai e como ele alcançou o sucesso depois de ter lançado comercialmente o clássico ‘Rocky – Um Lutador’.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Acompanhado de relatos de nomes que vão do crítico de cinema Wesley Morris, Quentin Tarantino, Arnold Schwarzenegger, Henry Winkler, Talia Shire (a Adrian da franquia ‘Rocky’), vemos na perspectiva de cada um deles, como Stallone foi importante para a indústria cinematográfica, e como o próprio conseguiu se tornar um astro de Hollywood.
Como uma estratégia inteligente do próprio Thom Zimny, a narrativa foca em histórias não contadas regularmente, em algumas passagens do próprio Stallone, como o fracasso nas primeiras exibições de ‘Rocky’ (assim como estava o primeiro rascunho do roteiro, que sofreu alterações por conta do conselho de uma amiga daquele), a importância de Henry Winkler no início da carreira do próprio Stallone, entre outras coisas.
Apesar do grande foco no arco da sua filmografia seja retratar a relação entre Stallone/Rocky, e a rivalidade entre ele e Schwarzenegger (que os fizeram estrelar os filmes mais aleatórios possíveis, no início dos anos 90), faltou falarem mais de outros projetos como ‘Risco Total’ e ‘Guardiões da Galáxia’ (que até hoje o próprio Sly alega ser uma das suas experiências mais diferentes, mas que pode ter sido proibida de ser citada aqui, por conta de direitos autorais da Marvel).
Porém, ele peca um pouco ao tentar colocar o citado o tempo todo como o ‘dono da verdade’ e o apresenta sem ser alguém realmente humano, ou seja, faltou uma acidez de algumas passagens e erros cometidos pelo próprio (que ele já chegou a assumir publicamente). Embora ele tente fazer isso por intermédio da relação entre Sly e seu finado filho Sage, faltou um aprofundamento melhor (tanto que este projeto poderia ter funcionado melhor como uma minissérie).
‘Sly’ acaba sendo uma condensação de várias histórias da vida de um dos maiores astros da atualidade, mas peca ao tentar resumir tudo isso em 90 minutos.
Querido parabéns pela análise… eu sou bem flexível quanto são atividades para um grande público, pela sua diversidade, com isso sempre retiro o suco e desprezo o restante.