Crítica - Gen V (1ª Temporada) - Engenharia do Cinema
Depois do tremendo sucesso que a série “The Boys” conquistou, era óbvio que a Amazon Prime Video começaria a explorar o selo e realizaria vários spin-offs em torno deste universo (que realmente, fica cada vez mais expandido). “Gen V” não tem como foco nenhum personagem da série principal (embora alguns deles façam pequenas participações especiais), mas sim na universidade que forma estudantes com poderes e encaminha alguns para serem da equipe dos Sete.
Dividida em oito episódios, com cerca de 50 minutos cada, confesso que essa série funciona em partes, pois parece que os roteiristas Evan Goldberg, Eric Kripke e Craig Rosenberg resolveram reclicar tudo que funcionou na produção original e adaptaram em um cenário novo.
Imagem: Amazon Studios (Divulgação)
A história gira em torno de Jaz (Marie Moreau), que está prestes a começar seus estudos em uma universidade de heróis. Mas após presenciar uma inusitada situação envolvendo os principais nomes do local, juntamente de seus colegas, eles descobrem que algo muito pior está prestes a acontecer.
Imagem: Amazon Studios (Divulgação)
Em um primeiro momento, os dois primeiros episódios criam a atmosfera de qual será a pegada da série, não apenas reciclando momentos icônicos de “The Boys”, como fazendo sátiras/referências a diversas produções clássicas como “Sky High: Super Escola de Heróis” e “O Exterminador do Futuro” (feita pelo próprio Patrick Schwarzenegger, filho de Arnold Schwarzenegger). Dentro da premissa (que é uma sátira), isso acaba funcionando.
Só que o grande pecado desta série, é tentar dar protagonismo não apenas para Jaz, mas tentar explorar subtramas com a garota que encolhe Emma (Lizze Broadway), a adolescente que consegue virar homem/mulher (Derek Luh/London Thor), o revoltado Sam (Asa Germann) e a controladora de mentes Cate (Maddie Phillips). Alguns deles possuem um tratamento interessante, mas devido a novela que ocorre em alguns deles (envolvendo problemas de adolescentes comuns), deixa tudo meio forçado até certo ponto.
Porém, faltou muito aquela essência da série original, que faça essa produção ser marcante e que comprove a sua existência (que não seja uma desculpa genérica ou mero caça-níquel). Não apenas bebendo da fonte original, para conseguir prender a atenção do espectador. Uma prova disso é um episódio onde a melhor coisa foi a rápida aparição do Soldier Boy (Jensen Ackles), e ficou por isso mesmo.
A primeira temporada de “Gen V” serve apenas como uma degustação da quarta temporada de “The Boys” (que já foi confirmada para 2024), pois ainda falta uma imagem para chamar de própria.